Risco de calote e indústria ameaçada: Rússia sofre drama econômico

Nesta quinta-feira (7), novas punições serão anunciadas contra o país comandado pelo presidente Vladimir Putin
Crédito:Reprodução

As sanções econômicas contra a Rússia começam a fazer efeitos mais severos no país comandado pelo presidente Vladimir Putin. A indústria abalada, a saída de empresas multinacionais e o risco de calote na dívida pública são os maiores sinais do efeito das retaliações econômicas impostas por Estados Unidos, países europeus e outros aliados.
Bloqueado dos principais sistemas financeiros do mundo, os russos admitiram que tentaram pagar em rublos, a moeda local, uma dívida de US$ 650 milhões.

O Kremlin tem agora 30 dias para honrar a conta e não correr o risco de default, que é o descumprimento de cláusulas de contrato entre devedor e credor — na prática, um calote. As agências internacionais de notícias divulgaram outro perspectiva negativa. A venda de automóveis novos caiu 62,9% em março, na comparação com o mesmo período de 2021.
O problema é causado pelas restrições ocidentais, que proibiram as exportações à Rússia de componentes e peças de reposição.

Da Casa Branca partiram mais perspectivas negativas. Os Estados Unidos calculam que o produto interno bruto (PIB) da Rússia encolherá até 15% neste ano. Seria mais um efeito das punições econômicas e comerciais. “Eliminaremos os últimos 15 anos de ganhos econômicos”, acredita a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. Na quarta-feira (6), os Estados Unidos confirmaram uma nova rodada de sanções contra o país russo.

Houve o bloqueio ao acesso a dólares e a investimentos internacionais. Até mesmo as filhas de Putin foram sancionadas. As medidas serão formalmente anunciadas nesta quinta-feira (7/4). “O que vamos anunciar é um pacote abrangente adicional de sanções, o que irá impor custos à Rússia e enviá-la ainda mais para o caminho do isolamento econômico, financeiro e tecnológico”, adiantou Jen Psaki.

No bolso
A inflação oficial russa está acima de 15%. A estimativa de agências de monitoramento é de que acelere ainda mais. Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, mais de 600 empresas multinacionais deixaram o mercado russo.

Muitas punições
A guerra na Ucrânia provocou uma reação em cadeia contra a Rússia. Em pouco mais de 30 dias, as sanções contra a nação comandada por Putin cresceram 91%. A “reputação” russa já não era boa. O país figurava no ranking das nações com boicotes econômicos, ao lado de Irã, Síria, Coreia do Norte, Venezuela, Myanmar e Cuba. Após invadir o território ucraniano, em 24 de fevereiro, e promover sucessivos bombardeios, os principais blocos econômicos e as maiores potências mundiais endureceram as punições. O número passou de 2.754, antes do conflito, para 5.262 até 30 de março. (Com informações do Portal Metrópoles)

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