Acusados pela morte de empresário são condenados no Pará

Juíza Sandra Maria Ferreira Castelo Branco, titular da 10ª Vara Criminal de Belém, condenou os réus a penas que variam entre 22 e 26 anos de prisão. Um deles foi absolvido.
Nilse e Amintas Pinheiro eram casados havia 39 anos (Arquivo Pessoal)

Seis acusados do crime de latrocínio que vitimou o professor e empresário Amintas Pinheiro, em fevereiro de 2020, foram sentenciados nesta segunda-feira (16).

A juíza Sandra Maria Ferreira Castelo Branco, titular da 10ª Vara Criminal de Belém, condenou os réus a penas que variam entre 22 e 26 anos de prisão, com regime inicial fechado.

O réu Max Santos Silva foi absolvido, enquanto Jheime dos Santos Mercês teve o processo suspenso por estar em local incerto, mas continua com a prisão preventiva decretada.

Em alegações finais, tanto o Ministério Público, representado pela 14ª Promotoria de Justiça Criminal, quanto o Assistente de Acusação, o advogado criminalista Marcelo Amaral, requereram a condenação dos réus, baseando-se nas provas produzidas durante o processo e com base nas medidas cautelares autorizadas judicialmente durante as investigações realizadas pela Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil.

Dos oito réus denunciados, seis foram condenados: Antônio Silva Cordovil, o “Tonico”, acusado de ser o mandante do crime; Anderson de Lima Pacheco, vulgo “Pelado”, apontado como executor da vítima; Amarildo Pereira, o “Maranhão”, acusado de participação direta na abordagem da vítima; Tiago Francisco Silva de Lima, apontado como piloto da fuga de um dos veículos; Elenilson Ramos Farias, o “Loirinho”, acusado de dirigir o veículo que deu suporte à ação criminosa, impedindo a fuga do empresário; e Lucas Araújo e Souza, o “Bulldog”, apontado como piloto de uma das motos que atuaram na fuga de Pelado.

Max Santos Silva foi investigado por ser o dono do carro utilizado pelos criminosos para executar a vítima. No entanto, ele foi absolvido de todas as acusações.

Já Jheime dos Santos Mercês, de acordo com a sentença, recebia informações do dia a dia da vítima e “coordenava toda a ação, mantendo contato telefônico com “Tonico” e Elenilson, condutor do veículo HB20″. Ele teve o processo suspenso por estar em local incerto e não sabido, mas continua com a prisão preventiva decretada.

“Justiça foi feita”, diz esposa da vítima

A professora e deputada estadual Nilse Pinheiro (Republicanos), esposa de Amintas Pinheiro, por meio de sua assessoria de comunicação, disse que ficou aliviada em ver a justiça sendo feita. “Infelizmente não há como trazê-lo de volta, mas só de sabermos que a covardia que fizeram com meu esposo não ficará impune, aumenta nossa esperança por dias melhores”, afirmou.

“Desde o início entreguei tudo na mão de Deus, e ele sabe o que faz. Meu coração está em paz. Quero aqui agradecer ao bom trabalho realizado pela Polícia Civil do Estado do Pará, através da Divisão de Homicídios de Belém, bem como reafirmar minha confiança no Ministério Público e no Poder Judiciário. Tenho certeza que a justiça foi feita”, pontuou, emocionada, a deputada.

Relembre o caso

O professor e empresário Amintas José Quingosta Pinheiro, de 62 anos, foi assassinado a tiros no fim da noite de quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020. O educador era dono da Escola Superior Madre Celeste (Esmac) e marido da deputada estadual e professora Nilse Pinheiro.

Amintas foi abordado por dois homens em uma motocicleta, na Avenida Centenário, perto do Conjunto Catalina, bairro do Mangueirão, em Belém.

O empresário havia acabado de deixar a Esmac e retornava para casa. Ele dirigia uma caminhonete preta e foi interceptado pelos criminosos em um semáforo, no sentido Ananindeua-Belém. Amintas ainda conseguiu dirigir por cerca de 100 metros antes de parar, desfalecido.

Ele foi  socorrido e levado para um hospital particular de Belém, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no início da madrugada de quinta-feira (6).

De acordo com o então Delegado Geral da Polícia Civil do Pará, Alberto Teixeira, logo após o crime, a polícia realizou um levantamento do itinerário percorrido pelo empresário, desde a sua residência, de onde saiu, até o local onde foi morto, na avenida Centenário, por meio de câmeras em propriedades e também câmeras do Centro Integrado de Operações (Ciop).

Nas primeiras horas, mais de 30 pessoas foram ouvidas, entre testemunhas oculares e conhecidos da vítima. A partir dos depoimentos coletados, chegou-se à informação de que havia um veículo de apoio no momento em que o crime ocorreu, e que este veículo se colocou em frente ao carro do empresário para impedir que ele fugisse. (O Liberal)

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