Remo goleia o Paysandu por 3 a 0 e larga em vantagem na final do Parazão

Os dois clubes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (6), pela partida de volta da final do Campeonato Paraense de 2022. O duelo acontecerá às 20h (horário de Brasília), no estádio da Curuzu
Foto: Leandro Torres/Divulgação

Jogando a primeira partida da final do Campeonato Paraense de 2022 no Baenão, o Remo foi preciso e venceu o Paysandu por 3 a 0. Brenner (duas vezes) e Anderson Uchôa marcaram os gols do Leão do Norte e abriram boa vantagem para o duelo de volta.

Agora, os dois clubes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (6), pela partida de volta da final do Campeonato Paraense de 2022. O duelo acontecerá às 20h (horário de Brasília), no estádio da Curuzu.

O Leão pode até perder por dois gols de diferença, que mesmo assim será campeão. Já o Paysandu tem a difícil missão de reverter o resultado contra a melhor defesa do campeonato. O Papão precisa vencer por, pelo menos, quatro gols de diferença, se quiser levantar a taça de forma direta.

O jogo

O clássico Re-Pa começou cercado de muito nervosismo pela torcida. Com um Baenão lotado, as arquibancadas davam todo o clima que um jogo desse tamanho merecia ter.

E por isso mesmo o jogo foi equilibrado. Logo aos quatro minutos o Paysandu teve chance de abrir o placar. João Paulo cruzou para área, mas Henan furou o chute e perdeu a oportunidade.

Logo em seguida, aos sete minutos, Curuá cruza fechado, ninguém tocou na bola e ela quase engana o goleiro Elias Curzel.

E aos 11, o gol azulino. Bruno Alves cruzou, Marco Antônio desviou de cabeça e Brenner apareceu nas costas da zaga bicolor e completou para o fundo da rede.

Depois do gol marcado, a partida passou a ficar mais faltosa. Ao todo, antes do intervalo, cinco cartões amarelos foram apresentados, sendo três para o Remo e dois para o Paysandu.

No lado das chances, poucas oportunidades claras aconteceram. O Remo tentou alguns cruzamentos, mas sem sucesso. Em contrapartida, o Paysandu chegou a fazer pressão na saída de bola adversária, mas sem êxito, levando o 1 a 0 para o intervalo.

O começo do segundo tempo foi de domínio do Paysandu na posse de bola. A equipe visitante tentou correr atrás do prejuízo, mas acabou não criando grandes oportunidades.

Por sua vez, o Remo não perdoou quando conseguiu criar uma jogada. Aos 16 minutos, Leonan cruzou na área, Elias tentou cortar, mas a bola bateu em Brenner e morreu no fundo do gol, ampliando o placar para 2 a 0.

Com o 2 a 0 adverso, o Paysandu se lançou com tudo ao campo de ataque. Aos 28 minutos, Dioguinho recebeu na frente de Vinícius e conseguiu passar pelo goleiro, mas Daniel Felipe salvou em cima da linha.

Aos 34 minutos, Serginho tentou arriscar de fora da área, mas dessa vez Vinícius conseguiu se colocar no caminho da bola e fez a defesa. Mais retraído, o Remo foi novamente preciso no ataque. Quando a partida se encaminhava para o final, Anderson Uchôa completou cruzamento na área e testou para o gol, fechando o duelo em 3 a 0.

Pés no chão

O técnico Paulo Bonamigo exaltou a boa atuação do Remo na vitória sobre o Paysandu. Em entrevista pós-jogo, o comandante azulino destacou a vantagem adquirida no clássico Re-Pa disputado no Baenão.

– Nós tivemos qualidade de definição, capacidade para decidir. Isso realmente foi o diferencial, pois todo clássico tem uma enorme dificuldade. Sabemos a boa equipe que tem o Paysandu. Pelo contexto geral, pelo que apresentamos nos 90 minutos, disposição da equipe e a personalidade, acho que o placar foi justo.

Bonamigo comentou também que o time azulino estava jogando fora do padrão, mas que houve ajuste e os atletas conseguiram desempenhar as funções corretamente. Ele também lembrou da quantidade de chances desperdiçadas contra a Tuna, no jogo de volta da semifinal.

– Nós fomos muito competentes no clássico. Estávamos com dificuldade na construção, fazendo muitas bolas longas, que descaracterizava nossa equipe. Quando conseguimos fazer a transição defesa-centro, no último terço tivemos qualidade. Aquela bola teimosa que tivemos contra Tuna Luso, hoje ela entrou.

Apesar da boa vantagem, o técnico dispensa o discurso de “já ganhou”. Ele mantém o respeito ao Paysandu e lembra da final do Campeonato Paulista, onde o Palmeiras venceu o São Paulo por 4 a 0, neste domingo, conseguindo reverter o placar de 3 a 1 feito pelo Tricolor no jogo de ida.

– Os exemplos estão aí. Não tem nada decidido, temos total respeito ao adversário e temos que ir para a Curuzu jogar mais o que jogamos hoje. Sabemos que é uma primeira parte, que temos uma boa vantagem, mas temos um grande adversário do outro lado. Temos que ter os pés no chão e saber que temos que trabalhar muito nos 90 minutos que teremos na Curuzu.

A vitória do Leão pode dizer que foi na superação das adversidades que apareceram nas vésperas da decisão. Sem o meia Felipe Gedoz, Bonamigo também perdeu o zagueiro Everton Sena e o meia Erick Flores. Essas ausências são lamentadas pelo treinador, mas que ressalta a força do elenco.

– É o último jogo da competição. Dificilmente vão me ver lamentando os jogadores ausentes, porque eu procuro motivar os que estão presentes, os que vão jogar, mas tivemos uma série de lesões nessa reta final. São desfalques dentro do grupo, mas a unidade que tem no clube e o comprometimento da equipe, fez crescer no momento certo da competição.

Jogo de volta

O jogo de volta da final do Parazão está marcado para a próxima quarta-feira, dia 6, às 20h, na Curuzu. O Remo pode perder por até dois gols de diferença, que mesmo assim fica com o título estadual, feito atingido pela última vez em 2019. (Portal Debate, com informações de Globo Esporte e MSN)

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