No auge da violência em Marabá, entre os anos 2010 a 2019, raras eram as vezes em que o número de assassinatos chegavam a seis óbitos por dia. Nem mesmo os altos índices de acidentes, envolvendo carros e motos, durante os finais de semana, conseguiam tirar a vida de seis pessoas, por dia, como estamos vendo a Covid-19 matar o cidadão de Marabá.
Mais uma vez, a segunda somente essa semana, o boletim epidemiológico, publicado pela Prefeitura de Marabá, ontem (15), por volta de 19 horas, anunciou a morte de mais seis pacientes, causada pelo famigerado coronavírus. Os casos de contaminação pela doença chegam 304 confirmados, 13 em análise e 48 mortes. De cada 100 pessoas testadas positivo, 15,7% vão parar no cemitério.
A cada dia, a população fica mais amedrontada, pois Marabá já apresenta o número de mortos superior a várias capitais como Cuiabá (MT) com 227 casos confirmados, com apenas duas mortes; Campo Grande (MS) 163 casos positivos, com 4 mortes e Palmas (TO) com 194 casos confirmados e apenas três mortes.
Nos locais onde o ‘lockdown’ foi decretado, caiu significativamente a quantidade de ‘teimosos’ nas ruas e o número de infectados diminuiu bastante. Está passando da hora de acontecer uma conversa entre Tião Miranda, Heder Barbalho e Ministério Público para resolverem essa situação. Afinal, como diz um colega de mesa de bar, “Mesmo com fome a gente ‘vai passando’, mas se morrer, nem fome a gente passa”.
Pedro Souza