Protesto alega legítima defesa de policial acusado de matar ‘Júnior Playboy’ em São João do Araguaia

Sd Rafael está preso na penitenciária Anastácio das Neves em Santa Izabel do Pará, na Grande Belém.

Durante a manhã de ontem (8), um grupo de pessoas ligadas ao soldado da policia militar, Rafael Nunes Feitosa, suspeito de matar com um tiro o jovem Luiz Guinhazi Júnior, de 28 anos, durante uma confusão, em uma chácara, na madrugada do dia 27 de setembro de 2020, realizou um protesto em frente ao Fórum de São João do Araguaia, no sudeste do Pará, e pediu a soltura do militar.

Um manifesto publicado nas redes sociais afirma que Rafael se apresentou de maneira espontânea na delegacia de Polícia Civil e entregou a arma. O texto diz que um abaixo assinado foi entregue ao juiz do caso, solicitando que a Justiça seja imparcial, pois o policial militar atirou para se defender. O ato público alegou que Rafael agiu em legítima defesa. O suspeito encontra-se preso na Penitenciária Anastácio das Neves em Santa Izabel do Pará.

Protesto em frente ao fórum de São João do Araguaia

Trecho do manifesto

“De acordo com o depoimento prestado na delegacia, o fato ocorreu em meio a uma festa, onde um grupo de pessoas fazia uso de entorpecentes e um deles jogou fumaça na cara do policial. O militar repeliu o agressor, empurrando a pessoa, mas o grupo partiu para cima do PM, dando tapas.

Após o soldado puxar a arma, as agressões cessaram, porém de surpresa Luiz Guinhazi atingiu o policial com uma garrafa, ocasião que a arma teria disparado uma vez, atingido o autor da garrafada que foi a óbito.

De acordo com as pessoas solidárias a Rafael, a atitude do Jovem conhecido como “Junior Playboy” teria dado causa a toda essa tragédia, já que o policial não pretendia matar ninguém e agiu em legítima defesa”.

O manifesto chama a atenção para o fato de que os policiais militares são seres humanos e, como qualquer outra pessoa, diante de uma agressão, utilizam os meios necessários para se defender. “Um cidadão comum irá utilizar o que achar pela frente para se salvar, pois uma garrafada pode matar. Já um policial usa a arma de fogo para fazer cessar a agressão e que o intuito nunca é tirar vidas, mas sim cessar qualquer ato hostil contra nós ou outro cidadão”, finaliza o texto.

A nota se solidariza com a dor da família de “Junior Playboy” e classifica o episódio como uma fatalidade. Expressões como ‘legítima defesa’, ‘justiça’, ‘calúnia é crime’, ‘garrafa também é arma’, entre outras frases, estavam estampadas em cartazes, faixas e vídeos publicados nas redes sociais.

Os manifestantes chamaram a atenção para o direito constitucional de presunção de inocência, Rafael Nunes não estaria fugindo de suas responsabilidades no caso nem estaria criando obstáculos para a Justiça, pois ao contrário do que foi anunciado, ele se entregou para a autoridade policial, não foi capturado.

Fonte: Portal Debate Carajás

Relacionados

Postagens Relacionadas

Nenhum encontrado

Cadastre-se e receba notificações de novas postagens!