Professora não foi presa depois de confusão com aluno em Marabá

Caso ocorreu, na Escola Municipal Paulo Freire, localizada no Bairro Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (12), por volta de 11h40.
Foto: Reprodução/Ilustração

MARABÁ (PA) – Na manhã desta sexta-feira (12), por volta de 11h40, a mãe de um aluno da Escola Municipal Paulo Freire registrou um boletim de ocorrência na 21ª Seccional Urbana, contra a professora Joiciane Cunha de Moura, em Marabá, no sudeste do Pará, alegando que a educadora teria ameaçado seu filho com um pedaço de madeira.

De maneira equivocada, as informações chegaram ao Portal Debate, dando conta de que Joiciane Moura teria sido presa pela Polícia Civil de Marabá, mas a detenção não ocorreu e houve apenas o registro de um BO. Nos próximos dias, as partes serão ouvidas por um delegado que decidirá se o caso será remetido ao Ministério Público do Pará (MPPA) ou não.

Joiciane Moura faz parte do quadro de professores concursados da Prefeitura Municipal de Marabá. Na manhã deste sábado (13), o advogado do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Dr Ulisses Silva, entrou em contato com a reportagem, solicitando a correção da informação contida na matéria. O causídico enviou a nota abaixo. LEIA:

A respeito da notícia veiculada neste Portal Debate, na última sexta-feira (12/4/24), informo que não houve prisão e nem mesmo algum contato com Polícia Militar ou Polícia Civil, pois só tomei conhecimento dos supostos fatos através de terceiros após terem lido a notícia.

Informo, ainda, que os fatos não aconteceram conforme noticiado e que teriam sido relatados na Delegacia de Polícia, pois em nenhum momento houve qualquer ofensa à integridade física ou psicológica de algum aluno, fato que será provado no momento oportuno.

Joiciane Cunha de Souza

EDITORIAL

A equipe do Portal Debate pede as mais sinceras desculpas à professora Joiciane Moura pelo transtorno provocado por meio da veiculação de uma informação equivocada. Desejamos à educadora uma boa sorte durante o trâmite do inquérito que será instaurado pela Polícia Civil de Marabá para investigar o triste episódio.

Casos de violência contra professores aumentam 20% em 2023

O último levantamento da ONG Nova Escola e do Instituto Ame Sua Mente aponta que os casos de agressões e violência contra professores e funcionários de escolas aumentou 20% em 2023, em relação a 2022. Oito a cada 10 educadores declararam terem sofrido algum tipo de violência no ambiente escolar.

Em quase 60% dos casos, quem comete as agressões são os próprios alunos, em seguida dos pais, com 31% dos casos. Para o Jornal da Band, uma professora da rede estadual de ensino de São Paulo, que não quis se identificar por medo, contou que foi humilhada por um aluno e, ao chamar a mãe, a situação só piorou.

“Ela empurrou as cadeira para cima da gente, para agredir. Meu óculos voou, quebrou, um grupo chamou a polícia para intermediar a situação porque ali era uma ameaça de violência”, relembra.

A pesquisa também aponta que os casos mais frequentes, compondo 76%, são de violência verbal. Em seguida, vem a psicológica, 41%. Em quase 10% das situações, as agressões são físicas. Para o presidente do Instituto Ame Sua Mente, Rodrigo Bressan, é preciso levar à sério a saúde mental dos docentes.

“Precisamos dedicar tempo e estratégias eficazes, globais para escola inteira, para enfrentar essas dificuldades. Então no Instituto Ame Sua Mente a gente forma os professores para entender mais sobre saúde mental e manejar situações na sala de aula”, explica. (Portal Debate, com Jornal da Band)

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