O presidente da Câmara Municipal de Marabá (CMM), vereador Pedro Corrêa Lima (DEM), conhecido como “Pedrinho”, de 57 anos, vem sendo pressionado para lançar sua candidatura a deputado federal. Integrantes de movimentos sociais, esportistas, lideranças políticas, grupos religiosos e empresários estão preocupados com a possibilidade de Marabá não ter nenhum representante na Câmara dos Deputados a partir de 2023.
Caso não eleja nenhum deputado federal, Marabá não terá acesso a emendas parlamentares de alto valor como vem acontecendo nos últimos 3 anos. A falta de recurso federal prejudica a infraestrutura, o desenvolvimento e a modernização da cidade. Mesmo pressionado, “Pedrinho” avalia com cuidado, como é peculiar ao parlamentar, a viabilização financeira para custear os gastos de campanha.
Sem nenhum candidato com a musculatura política de Pedro Corrêa, a tendência é que a maioria dos eleitores termine votando em candidatos de Belém, os chamados “paraquedistas”, porque só aparecem de 4 em 4 anos. Depois de eleitos, não retornam mais a Marabá ou, se vierem, é porque destinaram “emendas migalhas” para Terra de Francisco Coelho e necessitam fazer a propaganda política para “enganar os bestas”.
Nos bastidores, percebe-se uma espécie de clamor popular para “Pedrinho” encarar as eleições de 2022. Em conversa com o Debate Carajás, o presidente da CMM afirmou que monitora a situação com cautela, já conversou com a direção estadual do Democratas (DEM) sobre a possibilidade de sair candidato ano que vem, mas ainda existe muita água para passar “embaixo da ponte” até a data da tomada de decisão.
Para muitos, Pedro Corrêa possui o perfil ideal para disputar uma cadeira federal em 2022. O vereador é visto como bastante experiente, muito bom articulador politico, equilibrado, competente e transita com facilidade em todos os segmentos sociais. Se decidir pela sua candidatura, o edil será capaz de arregimentar votos de todos os grupos políticos de Marabá.
Aliado do prefeito Tião Mirada (PSD) há mais de 25 anos, o parlamentar poderá preencher a lacuna deixada por Asdrubal Bentes (MDB) e Beto Salame (PP). Como se diz na linguagem popular, ciente do prestígio que possui, Pedrinho está esperando a hora certa para “dar o bote”. (Pedro Souza/Portal Debate Carajás)