BRASÍLIA (DF) – Na noite desta quinta-feira (10), durante sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a possibilidade de greve dos caminhoneiros a partir desta sexta-feira (11), em virtude do aumento do preço dos combustíveis em todo o Brasil.
O movimento começou a tomar corpo depois da Petrobras anunciar um aumento de 18,7% no preço da gasolina e de 24,9% no preço do diesel nas refinarias espalhadas pelo país. Os caminhoneiros assinaram um manifesto no qual dizem que haverá paralisação em três pontos da BR-163, sendo os municípios de Sinop e Rondonópolis, no Mato Grosso e Novo progresso, no Pará.
“A Petrobras não está sendo autêntica com os brasileiros e desrespeitando o ramo do combustível. Aguardamos posição do governo“, diz o manifesto.
“O preço está caro. Tem muito caminhoneiro aí que vai parar. Eu sei disso, lamento isso daí. Vai parar porque não suporta mais essa carga tributária. E é uma questão mundial. Digo a vocês que o diesel aqui agora, mesmo com tudo isso, está mais barato que nos Estados Unidos”, reagiu Bolsonaro.
O presidente se queixou do reajuste e disse que a estatal poderia ter deixado a medida para semana que vem, ou seja, para depois da votação no Congresso Nacional do chamado pacote dos combustíveis. “Como seria bom se a Petrobras reajustasse na segunda ou terça-feira, né? Mas não posso interferir.”
Bolsonaro afirmou que se não houvesse o aumento de preços, poderia haver desabastecimento no Brasil. “É pior. Alguns querem que eu vá à Petrobras e dê murro na mesa, não é assim.”
Umas principais lideranças do setor, Wallace Landim, mais conhecido como Chorão, disse nesta quinta (10), que a alta dos preços no combustível pode levar os caminhoneiros a uma paralisação geral. “Nesse exato momento, eu vejo que, se o governo não fizer nada, o país vai parar por não haver mais condições de rodar”, afirmou Landim. A medida vem fazendo um estrago danado na imagem do governo. (Portal Debate)
