Maior escolaridade abre portas para mulheres no agronegócio

60% das mulheres que atuam no agronegócio brasileiro têm curso superior completo, segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG)
Crédito: Eva Fernandes

O agronegócio brasileiro tem se destacado ao longo dos anos. A movimentação financeira que este mercado proporciona tem agigantado o Brasil face a outras grandes potências do agronegócio. Neste cenário de grandes conquistas, a participação e o protagonismo feminino crescem exponencialmente.

De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), 59,2% das mulheres são proprietárias ou sócias, 30,5% fazem parte da diretoria, são gerentes, administradoras ou coordenadoras e 10,4% são funcionárias ou colaboradoras. Outro dado importante mostrado na pesquisa é que 57% dessas mulheres são ativas e assíduas em sindicatos e associações rurais.

Além disso, a pesquisa também mostra que as mulheres que atuam no agronegócio brasileiro têm escolaridade alta e independência financeira: 60% possuem curso superior completo e 88% têm independência financeira.

Na Região do Rio Preto, é comum a participação e engajamento das mulheres no desenvolvimento do agronegócio. Para Mariana Maria Gomes de Moura Campos, a presença da mulher nesse ramo tem sido notória, sobretudo, conquista reconhecimento na região.

Ela convive desde a infância no meio agropecuário, o que lhe atesta propriedade ao falar sobre a relação das mulheres contemporâneas com o agronegócio e a forma como conseguem conciliar as demandas do lar com o gradativo e relevante papel na organização dos serviços e negócios da fazenda. Para ela, o agronegócio é mais que renda. Representa desenvolvimento, paixão e vida.

Mariana, conta que desde criança foi incentivada pelos pais nos trabalhos voltados para agronegócio. Hoje com 31 anos de idade se orgulha de toda a experiência que carrega e observa com otimismo o empenho e engajamento feminino no ramo.

“Falar sobre a força da mulher no agronegócio é maravilhoso. Da mesma forma que há grandes homens no campo também há grandes mulheres. Nossa região sabe muito bem disso. Temos muitos exemplos de mulheres fortes e maravilhosas que têm buscado conhecimento e inovação para melhorar o manejo e a administração de suas propriedades diariamente. Existem muitas mulheres no agronegócio que rompem as barreiras do preconceito e do machismo”.

Para a presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher (Condim), Priscila Veloso, é fundamental a participação da mulher no agronegócio e também o reconhecimento pelo trabalho que desenvolve. “É importante mostrar o quanto essas mulheres são fortes e guerreiras e que desenvolvem com muita força toda essa economia do agronegócio na nossa região”. (Eva Fernandes — Região do Rio Preto)

Mariana Moura comemorando os resultados da implantação do Sistema Lavoura Pecuária – Crédito: Arquivo pessoal

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