Prefeitura investe em marketing enquanto o povo padece em Itupiranga

O centro da polêmica é o contrato no valor de quase dois milhões e meio de reais
Foto: Reprodução

A cidade de Itupiranga, no sudeste do Pará, está envolta em uma polêmica que tem dominado as redes sociais e sites de notícias locais. O foco dessa controvérsia é o contrato milionário estabelecido para serviços de comunicação pela Prefeitura Municipal de Itupiranga (PMI) e suas Secretarias de Educação, Saúde e Promoção Social. As discussões ganharam ainda mais destaque após uma sessão da Câmara de Vereadores transmitida ao vivo e replicadas através de grupos de WhatsApp.

O centro da polêmica é o contrato no valor de quase dois milhões e meio de reais com uma empresa liderada por Leonardo Lima, conhecido como “Léo Lima”, também coordenador de uma emissora de rádio local. Durante uma sessão na Câmara Municipal de Itupiranga (CMI), as explicações dadas por Lima não conseguiram convencer, principalmente, porque os vereadores já tinham em mãos cópias do contrato, que contrastava com as informações divulgadas pela empresa em uma das emissoras contratadas.

O vereador Evaldo Pimentel (União Brasil), o “Negão da Leolar”, autor do requerimento que solicitou extratos bancários de pagamentos à empresa contratada, confrontou Leonardo Lima diretamente sobre a existência de um contrato no valor de R$ 2.321.000,00 entre a Prefeitura e a empresa, e Lima confirmou sua existência.

Outra questão levantada pelo vereador “Negão da Leolar” foi a origem dos quase R$ 900 mil já pagos à empresa. O parlamentar questionou se algum dos pagamentos provinha dos Fundos Municipais da Educação (Fundeb), Saúde ou Promoção Social, e Lima alegou que apenas emitia notas fiscais e recebia pelo serviço prestado, desconhecendo a fonte pagadora.

“Negão da Leolar” expressou sua frustração com a situação, argumentando que a responsabilidade de explicar o contrato deveria recair sobre a Prefeitura e as secretarias contratantes, não sobre a empresa que venceu a licitação após cumprir todos os requisitos legais.

O vereador Jairo Jadjiski, indignado com a situação, sugeriu que se convocasse quem assinou os contratos ou que se abrisse uma CPI para investigar o que ele classificou como um escândalo. O edil questionou por que as escolas na Zona Rural enfrentavam escassez de recursos, incluindo itens básicos como bebedouros, enquanto a prefeitura gastava tanto com propaganda.

Outros vereadores, como Kairon e Marcone Ferraço, elogiaram a coragem do vereador “Negão da Leolar”, que também é autor do pedido de CPI da Hidrofort, uma investigação em andamento sobre serviços prestados à Prefeitura de Itupiranga. Os parlamentares expressaram apoio à sua busca por esclarecimentos nesse contrato de comunicação milionário. (Portal Debate)

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