Ponte está religada e pronta para concretagem sobre o Rio Moju

A ponte, que foi derrubada em um acidente em abril de 2019, já está sendo finalizada pelo governo do Estado

O governador do Pará, Helder Barbalho, participou nesta segunda-feira (13) da colocação da última aduela de ligação na ponte Rio Moju, que integra o complexo da Alça Viária. Agora, a ponte – que está sendo reconstruída – entrará na fase de concretagem da laje (pista da ponte). Composta por dez pares de aduelas, mais uma de ligação, a colocação da parte final de 2 metros, conhecida por fecho, consolidou a união dos trechos remanescentes do desabamento da ponte. Desta forma, o tabuleiro está concluído, com 268 metros de comprimento, ligando os pilares AP6 ao AP11.

O governador Helder Barbalho, o vice-governador, Lúcio Vale e demais integrantes da equipe de governo ao lado de operários da obra

“Com essa última parte agora instalada, entramos na etapa final de concretagem das lajes de solidarização do tabuleiro, onde em seguida serão realizados os testes de carga com veículos pesados trafegando em velocidade. Somente após será feita a pavimentação, para que estejamos garantindo que ainda no mês de janeiro esta ponte seja entregue à população, restabelecendo o fluxo de veículos da Alça Viária, trazendo à normalidade para as pessoas que necessitam deste importante acesso de interligação do nosso Estado”, destacou o governador Helder Barbalho.

Cerca de 1 milhão de pessoas utilizam por mês o corredor da Alça Viária, que faz parte da Rodovia PA-483. Com o fechamento dos dois vãos e a instalação de todos os 40 estais (cabos de aço), faltam agora apenas serviços de montagem de guarda-corpo e finalização da sinalização rodoviária horizontal e vertical na ponte.

Helder Barbalho acompanhou a colocação da última aduela na ponte

Compromisso

Segundo o secretário de Estado de Transportes, Pádua Andrade, a entrega da obra no prazo máximo de sete meses atende a um compromisso assumido pelo governador Helder Barbalho. “É uma obra complexa, que nós estamos 24 horas focados em cumprir o cronograma, com a solução de engenharia para a reabilitação da Alça Viária, e assim atender às exigências de navegação da região, com a construção de um trecho estaiado de 268 m de comprimento, com um mastro central que suporta o tabuleiro com 40 cabos estais, com cordoalhas de aço de alto desempenho”, informou.

A nova solução para a segurança da ponte Rio Moju possibilitou dois novos canais de navegação, com 134m de largura, que permitem uma navegação adequada aos comboios de balsas. A segurança desse trecho está garantida com a instalação de três defensas flutuantes (denominadas dolfim) para proteção das fundações, altamente resistentes a grandes impactos.

As defensas estão sendo construídas com um casco de aço anelar, segmentos estanques e seção transversal tubular de 3m x 4m, que envolvem os blocos de fundação, alcançando 57 m no diâmetro maior da elipse e 36 m no diâmetro menor. O anel de aço está revestido com placas de concreto pré-fabricado, para absorver a energia de impacto correspondente a uma força estática de até 28 MN (Mega Newton) ou 2.800.000 kgf, resultantes de comboios de balsas viajando em velocidades de 10 nós (20 km/h). Os segmentos estanques das defensas visam impedir o afundamento imediato diante dos impactos de balsas, possibilitando a reparação em tempo suficiente após o impacto.

Helder Barbalho, entre Lúcio Vale (e) e o secretário Pádua Andrade na ponte Rio Moju

Mitigação de risco

O secretário Pádua Andrade disse que, por se tratar de uma obra de risco 3, mas sem nenhum acidente de trabalho registrado desde seu início, é ainda maior a responsabilidade na reta final. Por isso, cada atividade utiliza a metodologia de trabalho que inclui planos de Rigger, estratégias usadas como meio de mitigação de riscos, para proteção das pessoas, da carga, da propriedade e equipamentos localizados na circunvizinhança da área de trabalho, assim como as operações de içamento, uma vez que a obra opera com seis guindastes.

“Além de todas as operações de construções, precisamos preservar a travessia das balsas, dos ribeirinhos, retirar o que ainda há de entulho, instalar as proteções que evitarão novos sinistros como esse, com uma equipe da Marinha fazendo toda a supervisão e liberação das atividades”, acrescentou o titular da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), que é engenheiro civil com mestrado em Execução de Planos de Rigger.

“Continuaremos vistoriando. Nosso foco é a entrega de um produto de qualidade, de segurança. Vamos passar de um canal de navegação de 68 m pra dois de 134 m, para garantir mais conforto e segurança”, reforçou o secretário. Essa etapa da obra também foi acompanhada pelo vice-governador Lúcio Vale.

Agência Pará

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