Políticos transformam Marabá na mais nova “prostituta eleitoral” do Pará

A sistemática compra de votos, em suas diversas modalidades, correu a democracia através do escancarado abuso de poder econômico de alguns candidatos a prefeito e a vereador em Marabá.
Mirante Encontro dos Rios - Foto: Reprodução

MARABÁ (PA) – Durante a pré-campanha de 2024, a “promiscuidade eleitoral” tomou conta das ruas da cidade de Marabá, no sudeste do Pará, pois a ganância para conquistar o voto do eleitor jogou para as “cucuias” as regras previstas na Lei Nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, a chamada “Lei Eleitoral”, porque os políticos endinheirados estão comprando votos na maior “cara de pau” na Terra de Francisco Coelho, em busca de uma almejada vitória, no dia 6 de outubro de 2024, à base do “custe o que custar”.

No mês de abril, época da  filiação partidária, ficou escancarada a falta de compromisso da maioria dos atuais vereadores e lideranças políticas com o povo. A maior parte dessa gente escrota pegou dinheiro para se filiar a alguma agremiação partidária e passou a apoiar candidatos a prefeito de Marabá que estão esbanjando grana. São raros os casos em que o parlamentar ou postulante ao cargo de edil esteja movido por uma ideologia voltada para o bem da população, ao contrário, eles estão compromissados com o próprio bolso.

Nos últimos meses, viu-se de tudo em Marabá para se conquistar a “vontade do eleitor”. Os candidatos passaram a distribuir o chamado “cheque-moradia” com o objetivo de comprar votos; existem políticos que estão sorteando celular Iphone, de última geração, nas redes sociais, e outros fazendo ações sociais para retirada de documentos pessoais. Eu nunca vi tantos médicos e enfermeiros a serviço da população carente nas chamadas “pontas de rua” de Marabá, mas por trás deles sempre existe um candidato a vereador ou a prefeito bancando tudo para ludibriar o coitado do eleitor inocente.

Nesta corrida eleitoral, os candidatos cheios da grana transformaram Marabá em uma “prostituta eleitoral”, pois eles nem saem de casa para pedir votos, porque já compraram a maioria dos vereadores e lideranças políticas que passaram a falar por eles em reuniões forjadas a base do dinheiro. Pouco ou nada se ver de alguns candidatos a prefeito de Marabá no “chão da estrada”, dialogando com os eleitores em relação ao seu plano de governo. Essa prática nojenta de comprar o voto do eleitor sempre existiu por estas bandas do Pará, porém a “prostituição eleitoral” tomou conta do pleito de 2024 e anda comprometendo a livre vontade do eleitor.

Para robustecer essa “promiscuidade eleitoral”, servidores ligados a alguns órgãos públicos que possuem o dever de fiscalizar os excessos cometidos por políticos durante uma pré-campanha, também estão distribuindo “benesses” para candidatos a vereador na zona rural de Marabá. Existe autoridade pública que já “adotou” seu pré-candidato a vereador. Na hora de se distribuir as “muambas” apreendidas durante as fiscalizações, eis que lá na comunidade, encontra-se a autoridade e seu candidato “ungido”. Neste “pacote de bondade” doado ao eleitor desavisado, a distribuição de óculos grátis por diversos candidatos atingiu um número maior de pessoas e passou a chamar a atenção do meio político de Marabá.

Por outro lado, existe uma grande parte dos “eleitores picaretas” que vende seu voto de maneira intencional. Ele troca um serviço de saúde mais eficiente, uma educação pública de qualidade, uma mobilidade urbana mais eficaz, investimentos no esporte, apoio à cultura, criação de moradias populares, transporte público de qualidade, geração de emprego, entre outros benefícios ao cidadão, por uns míseros trocados ou uma simples bola para se jogar futebol em véspera de eleição.

Nesta “altura do campeonato”, os candidatos a prefeito e a vereadores possuem o dever de fazer reuniões, ouvir os anseios da comunidade e explanar suas ideias e compromissos para a população de Marabá, não saírem por aí comprando o apoio de pseudos líderes comunitários. Para os chamados “macaco velho” da política, o pleito de 2024 “está manchado” e a democracia foi corroída pelo escancarado abuso de poder econômico de alguns candidatos. Essa gente transformou a nossa querida Marabá na mais nova “prostituta eleitoral” do Pará. Uma vergonha!!!. (Portal Debate)

População de Marabá movimenta quase dobro de dinheiro que Parauapebas - ZÉ DUDU
Foto: Reprodução

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