MARABÁ (PA) – O cidadão morador da cidade de Marabá, no sudeste do Pará, há décadas, deve andar envergonhado e triste com  tanta politicagem e fake news, nas redes sociais, a respeito da realização da festa de comemoração de aniversário da cidade. Um evento que era para ser algo grandioso e prazeroso, vem se transformando em um Cavalo de Troia para a população, devido a uma disputa política fora de hora, “sem pé nem cabeça” por parte de alguns agentes políticos que só pensam no “próprio umbigo”.

A população de Marabá aguarda ansiosa pela volta dos grandes shows de nível nacional gratuitos, pois o último evento desta magnitude ocorreu ainda no governo João Salame, há 10 anos atrás. Será que esse povo que não possui grana para assistir a essas atrações nacionais em época de Expoama ou em casas noturnas caríssimas não tem esse direito? Lógico que sim. Eu nunca vi tanta tempestade em um simples copo d’água.

A contratação direta de artistas, conforme a  Lei 14.133/2021, no Artigo 74, inciso II, torna o ato como discricionário do Prefeito Toni Cunha (PL), logo ele vai realizar a contratação dos shows, quer alguns queiram ou não, pois a nossa gente merece e ele está amparado legalmente pela legislação. Não tivemos um único show que prestasse no aniversário de Marabá durante 10 anos, o que mudou na cidade com essa economia de palito? Nada. Está passando da hora dos nossos políticos “fuxiqueiros” procurarem o que fazer para justificar o salário pago por nós.

Uma hora é o Ministério Público que tentar “melar” a realização da festa, outra hora surge uma enxurrada de matérias baseadas em shows realizados pelas atrações contratadas em 2022 e 2023. Quanto custava o quilo da carne, arroz e feijão em 2022? O preço é o mesmo de 2025? Claro que não. Da mesma forma, o valor da apresentação de qualquer artista sofre reajuste, ainda mais se eles conseguiram crescer no cenário nacional. Parece que vários políticos de Marabá adotaram o bordão do personagem João Plenário do programa humorístico a Praça É Nossa, “O povo é que se lasque”.

Valor dos shows

No dia 6 de fevereiro de 2025, a Banda Som & Louvor realizou um show na cidade de Horizonte (Ceará) no valor de R$ 140.000, logo o preço da apresentação em Marabá não está supostamente superfaturada, conforme foi divulgado, pois inclui passagem, alimentação e hospedagem dos integrantes do grupo musical religioso.

Já o show de “Nattanzinho”, segundo o secretário de Cultura de Marabá, Genival Crescêncio, custa R$ 700.000 e também inclui passagem, alimentação e hospedagem. No dia 24 de janeiro de 2025, “Nathan” fez um show no Estado da Paraíba e recebeu da Prefeitura Municipal de Guarabira o valor de R$ 720.000 pela apresentação. Na cidade de Sobral (Ceará), a apresentação dele custou R$ 800.000 (veja a nota fiscal abaixo), portanto a ladainha que fala de suposto superfaturamento não possui a mínima sustentação, ou seja, trata-se de uma fake news descarada.

Para 2025, a Lei Orçamentária Anual (LOA) de Marabá prevê uma arrecadação de cerca de 2 bilhões de reais, se o prefeito não puder pagar um show de R$ 700.000, pode fechar as portas para balanço, porque a cidade faliu, o que não é o caso. Vejo esse barulho todo como uma tentativa tosca de atrapalhar a realização do aniversário de Marabá para tentar manchar a imagem de Toni Cunha perante a população, pois não existe uma lógica racional em antecipar uma disputa eleitoral para prefeito que só irá ocorrer em 2028.

Esta postura belicosa de alguns políticos está atrapalhando a tranquilidade e o lazer de nossa gente, prejudicando a realização de políticas públicas voltadas para os mais carentes. Os dados abaixo sobre o show de “Nattanzinho” na Paraíba foram retirados do Portal Nacional de Contratações Públicas. LEIA:

Contrato nº 35/2025

VALOR CONTRATADOR$ 720.000,00

FORNECEDOR:

Tipo: Pessoa jurídica

 CNPJ/CPF: 41.775.478/0001-70

 Nome/Razão social: NATTAN PRODUCOES ARTISTICAS LTDA

Show em Sobral no Ceará

Texto: (Pedro Souza)