Policial militar e professor são presos suspeitos de estuprar irmãs

O sargento da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) Antônio Joselito Coutinho Viana, de 53 anos, e o professor de Língua Portuguesa João Batista Costa e Silva, de 66 anos, foram presos durante a operação “Kori”, desencadeada pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), na manhã de ontem (22), na capital amazonense.

Os dois servidores públicos são suspeitos, em situações distintas, de terem abusado sexualmente de duas irmãs, uma adolescente de 14 e a outra de 15 anos. Além disso, a irmã mais velha das duas, uma jovem de 19 anos, também relatou ter sofrido abuso dos dois homens quando era menor de idade.

De acordo com a delegada Joyce Coelho, o sargento da PM foi preso na casa dele, no conjunto Hileia, bairro Redenção, localizado na Zona Centro-Oeste de Manaus, e o professor dentro da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc), localizada na Zona Sul de Manaus. Os dois foram presos em cumprimento de mandados de prisão temporária, com prazo de 30 dias, expedidos no dia 18 de julho de 2019, pela juíza Themis Catunda de Souza Lourenço.

Irmã mais velha relata crime

Ainda de acordo com a delegada, as investigações em torno do caso iniciaram no dia 3 de julho deste ano, após a irmã mais velha das duas adolescentes registrar o Boletim de Ocorrência (BO).

“O sargento trabalha próximo da residência da família das vítimas, no bairro Santa Etelvina. Por se tratar de uma família muito humilde, o homem ajudava, doando comida, roupas e  dinheiro. Após a jovem, que agora tem 19 anos casar e sair da residência, ele iniciou os abusos nas outras duas adolescentes. Os atos aconteciam em motéis”, disse.

Conforme Joyce, a jovem de 19 anos relatou que conheceu o professor de Língua Portuguesa quando tinha 13 anos. Da mesma forma que o primeiro criminoso, ele conheceu a família da jovem e passou a doar produtos.

A delegada ainda destacou que, na época, ele (o professor) levou a jovem para trabalhar como empregada na casa dele e lá ele abusava dela. Os estupros aconteciam no prédio onde funcionava um curso preparatório, no bairro Centro, Zona sul de Manaus.

A polícia investiga o envolvimento de uma terceira pessoa nos crimes, além da participação dos familiares. Os dois homens vão responder pelos crimes de estupro de vulnerável, satisfação de lascívia e favorecimento da prostituição.

Seduc-AM se manifesta

Por meio de nota, a Seduc-AM informou que na manhã desta segunda-feira (22) a Polícia Civil (PC), por meio da Depca, cumpriu um mandado de prisão contra um funcionário de uma empresa terceirizada nas imediações da instituição, sem qualquer ligação com fatos ocorridos na Seduc-AM. A secretaria afirmou, ainda, que o mesmo não atuava em sala de aula, sendo responsável por funções técnicas.

A Seduc-AM condenou veemente qualquer tipo de comportamento que desrespeite a integridade de crianças e jovens e possui uma forte política de prevenção e combate à violência e pedofilia nas escolas. O órgão informa, ainda, que prestará todo apoio necessário às investigações para apuração do caso.

ACrítica

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