Polícia prende presidente de Câmara Municipal no Pará

A Operação “Gênesis” foi deflagrada nesta terça-feira (24/5) para investigar esquema de desvio de dinheiro na câmara de vereadores do município, no nordeste do Pará.
Crédito: Reprodução

Na manhã desta terça-feira (24), o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estado do Pará (GAECO/MPPA), com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI), deflagrou  em Maracanã, no nordeste do estado, a Operação “Gênesis”.

A ação tem como objetivo o cumprimento concomitante de seis mandados de busca e apreensão domiciliar, um de prisão temporária e afastamentos de funções contra o presidente da câmara de vereadores da cidade, José Maria do Socorro Silva Rabelo, conhecido por “Cacaia Rabelo” (PL). Os mandados foram deferidos pelo Juízo de Maracanã, no nordeste do estado.

DESVIO DE DINHEIRO DA CÂMARA

As buscas ocorreram em endereços localizados nos municípios de Maracanã, Castanhal e Belém, enquanto a prisão ocorreu na Ilha de Maiandeua, Praia de Algodoal, em Maracanã. A Operação Gênesis fundamenta-se em procedimento investigatório criminal-PIC em curso no GAECO a partir de denúncia formulada, em novembro de 2021, sobre esquema de desvio de dinheiro público na Câmara de Vereadores de Maracanã.

O esquema – Segundo a denúncia inicial e as evidências localizadas – consistia na emissão de notas fiscais por parte de duas empresas sediadas em Castanhal, pessoas jurídicas que recebiam o valor total, mas não entregavam o material objeto da suposta aquisição.

Após receberem os valores, as empresas devolviam a maior parte do dinheiro público para os agentes que controlam as contas públicas da Câmara Municipal de Maracanã. As condutas praticadas, preliminarmente e em tese, tipificam os crimes de associação criminosa e peculato.

PRISÃO

Além dos mandados de busca e apreensão, houve a decretação de prisão temporária e medida de afastamento das funções do presidente da Câmara e afastamento das funções da tesoureira do órgão, dentre outras medidas cautelares requeridas e deferidas no bojo da investigação.

As investigações prosseguem em segredo de justiça, sendo os próximos passos a análise do conteúdo dos aparelhos celulares, computadores e documentos apreendidos. (Com informações do GAECO e Native News Carajás)

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