A Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis, através da Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data), prendeu o acusado de matar a menina Maria Paula Batista da Silva, de 10 anos. Ela estava desaparecida desde o último sábado (02) e foi encontrada morta na tarde de terça-feira (05), às margens do Furo de São Benedito, perto do município de Acará, no nordeste do Pará.
Segundo a polícia, Charne Cardoso Ferreira, preso no bairro da Terra Firme, em Belém, confessou o crime e contou como tudo foi planejado. Ele disse que estava há mais de um ano tendo um caso extraconjugal com a mãe da criança. Ambos moravam na Terra Firme e eram vizinhos.
No dia do desaparecimento, segundo o depoimento, a menina foi com o irmão pegar dinheiro para comprar comida com o acusado. Foi então que ele disse para a vítima levar o irmão embora e depois retornar que ganharia o dinheiro e um aparelho de tv. Ao retornar, Charne, segundo relato feito para a polícia, cometeu o abuso sexual e estrangulou a criança, escondendo o corpo debaixo da cama.
A mãe da vítima ainda pediu ajuda para o acusado para achar a filha. Charne acompanhou a mulher até a delegacia para informar o desaparecimento. Na volta, a mãe da criança teria ficado com medo de que o marido soubesse do desaparecimento da filha.
Ela decidiu dormir na casa do amante, sem saber que o corpo estava debaixo da cama. No dia seguinte, a mãe da criança foi embora. Então, o acusado aproveitou que estava sozinho para se livrar do corpo.
Segundo o depoimento prestado para a polícia, Charne pegou uma caixa e tentou colocar o corpo lá dentro. Entretanto, a criança não coube e foi preciso amarrar os pés com um cabo para que fosse feito o transporte até o Rio Tucunduba.
A polícia chegou ao acusado, após a polícia receber a denúncia de que ele estava sendo torturado por pessoas da rua onde ele morava para confessar o crime. A Polícia Militar efetuou a detenção de Charne e o encaminhou para a Data, local onde tudo foi revelado em depoimento.
Após o fato ser esclarecido, ele foi indiciado por homicídio e encaminhado para uma unidade prisional, onde está à disposição da justiça.
O Liberal