Polícia Militar do Pará revoga nomeação de coronel investigada por venda de vagas

Agora, a oficial investigada por participar de um esquema de venda de vagas na 1ª Companhia de Policiamento Ambiental (CIPAMb) de Santarém está sem função na Polícia Militar
Coronel Keyla (Reprodução)

Um dia depois de ser exonerada do Comando de Policiamento Ambiental (CPA), uma portaria tornou sem efeito a nomeação da coronel Andréa Keyla Leal Rocha para chefiar o Comando de Policiamento Especializado (CPE). Agora, a oficial investigada por participar de um esquema de venda de vagas na 1ª Companhia de Policiamento Ambiental (CIPAMb) de Santarém está sem função na Polícia Militar.

A oficial é investigada por comandar um esquema de venda de vagas na polícia ambiental junto com do sargento Gildson dos Santos Soares, cuja prisão foi determinada pela Justiça Militar no último dia 26 de julho, na mesma decisão que afastou a coronel por 120 dias do CPA. Entre as acusações pelas quais a coronel e o sargento são investigados, estão venda de vagas, ameaças de morte, assédio moral, falsificação de documentos e tortura.

A coronel Keyla foi exonerada do comando do CPA no dia 11 de agosto, na mesma ocasião que foi nomeada para chefiar o CPE. Contudo, no dia 12 de agosto, o comandante geral da PMPA, coronel José Dilson Melo de Souza Júnior, anulou a nomeação e encaminhou a oficial para o Departamento Geral de Pessoal da Polícia Militar.

O requerimento que pediu o afastamento foi feito pelo promotor de Justiça Militar, Armando Brasil, e pela promotora de Justiça de Santarém, Dully Araújo. Segundo os depoimentos de outros policiais, mediante pagamentos efetuados ao sargento Gildson, militares podiam ocupar as vagas que eram abertas com as transferências de antigos membros da companhia.

Segundo os relatos dos policiais ouvidos no inquérito, as várias transferências eram feitas para que os indiciados pudessem vender as vagas na unidade. Um policial relatou que o sargento Gildson cobrava até 10 mil reais pela transferência para a Companhia de Policiamento Ambiental. O mesmo policial disse ainda que se sentia intimidado pelo sargento, pois ele constantemente ameaçava de morte outros policiais da Companhia. Gildson teria chegado a dizer que, se alguém fosse depor contra ele, mataria os familiares dos policiais. Em outra grave acusação, os militares dizem que Gildson falsificava o livro de cautela de armas da Companhia, assinando um termo de cautela como se fosse a coronel Keyla. (O Liberal)

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