A Polícia Civil afirmou que a conclusão da perícia apontou divergências entre a investigação sobre o suposto atentado sofrido pelo candidato a prefeito de Parauapebas, Júlio César (PRTB), e a versão contada por ele e testemunhas ouvidas no inquérito. O laudo foi apresentado em coletiva realizada nesta quarta-feira (110 em Belém.
De acordo com a polícia, a perícia indica que o veículo de Júlio César estava parado ou, no máximo, a 9 quilômetros, quando foi abordado. “Não nos resta dúvida de que o que consta e que foi narrado nos autos realmente não ocorreu”, disse o delegado-geral da PC, Walter Rezende. Os resultados da investigação são “totalmente incompatíveis” com a versão do candidato.
“Nos chamou atenção que a vítima possuía carro blindado e, exatamente nesse dia, ele optou em usar outro veículo. Na primeira versão, ele apontou que o carro estaria no mecânico; outros envolvidos disseram que estaria sendo lavado”, apontou, ainda, o delegado, que disse que o laudo “muda com muita precisão” a condução das investigações.
Um novo inquérito policial deve ser aberto e o candidato e outras três pessoas que estavam com ele no carro serão novamente ouvidos pela polícia. “A partir de agora, a gente vai prosseguir no inquérito tentando esclarecer exatamente a conduta e participação de cada um dos que prestaram depoimentos e estão sendo agora desmascarados”, concluiu.
Versão do candidato
O carro do candidato teria sido interceptado quando ele voltava de uma reunião na vila de Carimã, região rural do município. O baleamento ocorreu por volta das 20h, quando uma caminhonete teria se aproximado do carro do candidato e feito os primeiros disparos. No veículo estavam três pessoas.
Ainda na estrada, um terceiro veículo estava atravessado na pista. As vítimas escaparam do bloqueio e tentaram fugir, mas continuaram sendo perseguidas pela caminhonete. Júlio César, que estava no banco do carona foi atingido no peito por um dos disparos.
Fonte: Roma News