PMs executam foragido após ele colocar as mãos na cabeça

Policiais alegaram que agiram em legítima defesa durante troca de tiros, mas Polícia Civil investigou que o foragido não teria apresentado resistência

Imagens de câmera de videomonitoramento mostram que policiais militares de Ourinhos, no interior de São Paulo, atiraram em um foragido da Justiça mesmo após ele se render e colocar as mãos sobre a cabeça. A ação dos policiais militares aconteceu na última segunda-feira (20) e terminou com a morte de Murilo Henrique Junqueira, de 26 anos.

Ele é o militar que atira enquanto a vítima está rendida e depois novamente, com o homem caído no chão. Com o foragido no chão, outro policial, que seria um cabo de 37 anos, dá um tiro para o alto.

O comando local investigou a ação e, com base nas provas colhidas, incluindo o vídeo, representou pela prisão preventiva dos policiais ao Tribunal de Justiça Militar.

Na quarta-feira (22), os PMs  foram presos e levados ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital, por prisão temporária expedida pela Justiça Comum.

“Dada a gravidade das imagens expostas e conduta inaceitável de quem tem o dever de zelar pela legalidade e proteção das pessoas, a Polícia Militar, compromissada com defesa da vida continuará apurando com o rigor necessário”, afirma nota da Polícia Militar.

Depoimentos falsos

No primeiro depoimento, os policiais afirmaram que haviam avistado o jovem na rua Elvira Riveibo de Moraes, no bairro Jardim São Carlos, em atitude suspeita. Os agentes disseram que o homem não obedeceu a uma ordem e partiu para cima de um dos policiais, sendo alvejado como “legítima defesa”.

No entanto, a revelação do vídeo desmente a história contada pelos agentes na segunda-feira (20). Murilo Henrique Junqueira, de 26 anos, estava foragido desde 2016, pelo crime de homicídio na cidade de Jacarezinho, interior do Paraná. (Com informações do Metrópoles)

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