A campanha de vacinação contra a covid-19, nos últimos dias, em Marabá, no sudeste do Pará, anda a “passos de tartaruga”, pois o município está recebendo poucas doses, oriundas da Secretaria Estadual de Saúde do Pará (Sespa). De acordo com servidores da equipe coordenadora da complicada e perigosa tarefa de imunizar a população, a quantidade de vacinas recebida na noite de sexta-feira (20), foi motivo de chacota.
Desconfiado da morosidade na imunização dos chamados grupos de risco, o Portal Debate Carajás entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Marabá, e houve a informação de que apenas 1.060 doses da CoronaVac chegaram a Marabá nos últimos 10 dias.
Neste ritmo, a cidade vai ter que esperar uns dois anos para ver toda a população vacinada. Apesar de ter havido uma baixa momentânea no número de ocupação de leitos, durante o dia de ontem (23), o sistema de saúde de Marabá encontra-se agonizando. Os leitos de UTI/UCE, exclusivos para covid-19, 54 de 59 estavam ocupados (taxa de ocupação de 91,5%) e 93 pacientes estão em isolamento familiar.
Já os leitos de enfermaria, destinados a pacientes com o coronavírus, 24 de 36 estavam ocupados (taxa de ocupação de 66,6%). No entorno de Marabá, as cidades de Parauapebas e Canaã dos Carajás já decretaram o lockdown, essas ações reforçam ainda mais a urgente necessidade de se aumentar a quantidade de vacinas destinadas a Marabá e a região sudeste do Pará por Helder Barbalho (MDB).
Novas conversas, realizadas na noite de ontem (23), com pessoas próximas ao prefeito Tião Miranda (PSD), a possibilidade de Marabá entrar em lockdown está cada vez mais forte. Nas últimas horas, o assunto teria passado a fazer parte do cotidiano do gestor e de seus auxiliares mais próximos, pois eles estariam muito preocupados com o avanço da doença.
Fonte: Pedro Souza
