PF cumpre mandados no Pará e outros oito estados por fraudes no Ibama

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 15, a Operação Tokens, que apura ações de estelionatários com o uso de dados de servidores do Ibama, com o fim de realizar alterações indevidas nos sistemas do órgão, utilizando certificados digitais (tokens) fraudulentamente obtidos.

Foram cumpridos 48 mandados de busca e apreensãoem empresas e residências de pessoas que foram beneficiadas com as fraudes, além de 5 prisões de falsificadores e estelionatários membros da associação criminosa.

As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal do Distrito Federal e cumpridas em 29 cidades de 9 estados da Federação (Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal). No Pará, os alvos foram cumpridos nos municípios de Tomé-Açu, Paragominas, Tucuruí, Xinguara e Redenção.

As fraudes tiveram como beneficiários proprietários rurais e empresários do ramo de exploração florestal e agropecuária com áreas embargadas nos estados do Pará e Mato Grosso.

Foram constatados 122 desembargos irregulares em nome 54 pessoas físicas ou jurídicas, com potencial prejuízo para a União da ordem de R$150 milhõesem multas não recolhidas e descumprimento de embargos em áreas ambientais sensíveis da Amazônia legal. No Pará, foram identificadas 11 área beneficiadas pelo esquema ilegal. 

O Inquérito Policial foi instaurado a partir da identificação, pelo Ibama, de fraudes ocorridas contra superintendentes, agentes e fiscais, com o uso de tokens expedidos indevidamente por falsificadores. Houve colaboração de informações de inteligência entre o Ibama e PF para levantamento dos fraudadores, beneficiários e suposto envolvimento de outros intermediários e servidores públicos.

De início, os policiais federais identificaram uma quadrilha já investigada pela PF no estado de Goiás, com conexão com diversas fraudes ocorridas em todo o Brasil. Os principais beneficiados são propriedades rurais localizadas nos estados do Pará e do Mato Grosso. Essas fazendas têm como sócios pessoas físicas e jurídicas de diversos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

A Operação tem por objetivo a coleta de mais provas e dados acerca das fraudes, inclusive identificação de intermediários entre os falsários e beneficiários, inclusive com auxílio de servidores públicos.

Fonte: Roma News

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