A Petrobras anunciou reajuste dos combustíveis nesta segunda-feira (25). A gasolina vai subir 7% nas refinarias e o diesel, 9%. Os novos valores valem a partir desta terça-feira e, com eles, a gasolina já acumula alta de 73% no ano e o diesel, de 65,3%. As altas devem ter reflexos nos preços do frete, pressionando ainda mais a inflação.
Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro vinha sinalizando que os combustíveis teriam novo aumento. No domingo, ele voltou a falar isso e disse que, diante do encarecimento do petróleo, não tinha como intervir na Petrobras e segurar os preços.
— Eu não tenho como interferir na Petrobras. Tenho falado com Guedes sobre o que vamos fazer com ela no futuro. A gente não vai interferir no preço de nada. Infelizmente pelos números do petróleo lá fora, infelizmente, nós teremos reajuste no combustível — disse Bolsonaro em entrevista coletiva ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, no domingo.
Desde o anúncio do último aumento da gasolina, em 8 de outubro, o petróleo já subiu quase 4%. Nesta segunda-feira, o barril do tipo Brent, referência no mercado internacional, segue em alta, cotado a US$ 86,35.
Com o reajuste de 7%, o preço médio de venda da gasolina A da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, em média.
Para o consumidor final, o reajuste é diferente, pois reflete o lucro das distriuidoras e impostos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o preço médio dagasolina no país alcançou R$ 6,36 o litro na semana passada. Em algumas cidades, já passou de R$ 7.
Para o diesel A, o preço médio de venda da Petrobras nas refinarias passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, em média a partir desta terça-feira. (O Globo)