Moro não decola, e chance de Lula vencer no 1º turno já não é absurda

Se a tendência do crescimento de Lula continuar, existem chances claras da eleição presidencial em 2022 ser decidida no 1º turno.
Crédito: Reprodução

DISPUTA PRESIDENCIAL – A pesquisa Genial/Quaest divulgada, nesta quarta-feira (8), trouxe boas e más notícias para Jair Bolsonaro. O levantamento mostrou que a distância do presidente para Sérgio Moro, em uma eventual disputa, segue segura. Alvo de ataques do ex-chefe, o ex-juiz está na pista há quase um mês e ainda não deu motivos para alguém perder o sono com seu desempenho.

Além disso, Bolsonaro viu recuar a reprovação ao seu governo, provavelmente por conta do avanço da vacinação, a expectativa em torno do Auxílio Brasil e da postura menos incendiária desde que ameaçou botar fogo na República nos atos de 7 de Setembro de 2021.

No entanto, a melhora na avaliação do governo (que, na verdade, deixou de piorar), ainda não é suficiente para arrefecer a resistência de parte dos eleitores a dar a ele um segundo mandato. Mas pode ser um caminho para isso, caso Jair Bolsonaro melhore seu desempenho nas pesquisas.

Como fôlego, a reprovação ao governo é hoje de 50%, uma melhora em relação a novembro, quando o índice atingiu 56%. Ainda assim, 64% dos eleitores ainda dizem que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, mas em política em fácil se ver “boi voar”.

Na disputa de primeiro turno, Bolsonaro tem em Moro uma competição de fato. A candidatura do ex-juiz, nome rejeitado tanto por petistas, que condenou, quanto por bolsonaristas, que abandonou, é refutada por 61%. João Doria, que acaba de vencer as prévias do PSDB, vem logo atrás entre os líderes de rejeição, com 55%. Todas acimas da rejeição dos ex-presidente Lula.

Lula, que viu as sentenças de Moro contra ele serem anuladas pela Justiça – o MPF pediu o encerramento do caso tríplex por prescrição – é hoje rejeitado por 43%. Neste momento, portanto, o antibolsonarismo supera o antipetismo e pode colocar, de saída, um teto baixo para o presidente buscar um novo mandato.

Moro, que buscar o eleitor refratário aos dois favoritos, desgarrou de outros “candidatos a candidatos” da terceira via, como Ciro Gomes (PDT) – 7% dos votos em um cenário com o ex-juiz – mas ainda não decolou, apesar da ampla exposição dada a ele pelos principais veículos de comunicação desde então. Como se diz no Nordeste, “o cabra é ruim de voto”.

Os altos índices de rejeição apontados pela pesquisa, com os principais postulantes ostentando números sempre superiores a 40%, mostram que esta variável será determinante para a eleição do próximo presidente. Não vence quem tem mais popularidade, mas quem tem a rejeição menos estratosférica.

Luís Inácio Lula da Silva começa em vantagem neste quesito. À frente em todos os cenários, e também nas simulações de segundo turno, o ex-presidente inverte uma tendência desenhada até aqui. Em vez de servir como plebiscito sobre Bolsonaro e seu governo, as eleições podem mirar nos anos petistas conforme o candidato favorito se torne o alvo preferencial de quem não quer ver a corrida encerrada já no primeiro turno.

Moristas e bolsonaristas gastam a munição se atirando, porque sabem que Lula já é figura garantida no segundo turno das eleições de 2022, mas se continuarem se digladiando apenas, em uma briga oca, mostrando quem é mais podre, Lula poderá ganhar as eleições já no 1º turno, no dia 2 de outubro de 2022. (Portal Debate Carajás, com Yahoo)

Relacionados

Postagens Relacionadas

Nenhum encontrado

Cadastre-se e receba notificações de novas postagens!