27% comeram menos que o habitual ou passaram fome na pandemia

Número equivale a 57,7 milhões de pessoas, segundo a estimativa populacional do IBGE.
Crédito: Reprodução

Pesquisa PoderData realizada de 6 a 8 de dezembro de 2021 mostra que 27% dos brasileiros dizem ter passado fome ou comido menos durante a pandemia. Essa é a soma do percentual dos que dizem ter deixado de fazer refeições (6%) com o dos que passaram a comer menos do que o de costume (21%) nesse período.

Essa taxa caiu 4 pontos percentuais em comparação a abril do mesmo ano. Ainda assim, o número equivale a 57,7 milhões de pessoas, segundo a estimativa populacional do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O percentual de pessoas que deixaram de comer ou passaram fome, conforme o levantamento, equivale a 12,8 milhões.

O percentual diminuiu desde a última vez que o PoderData fez o levantamento, em abril, quando os que diziam ter deixado de fazer refeições (4%) e os que passaram a comer menos do que o de costume (32%) somavam 36%. A variação foi de 9 pontos percentuais.

No recorte por idade, 10% das pessoas de 25 a 44 anos dizem ter deixado de fazer uma refeição ou passado fome. É o maior valor entre as faixas etárias. Outros 23% nesse grupo dizem ter comido menos do que o habitual.

Entre aqueles que cursaram até o ensino fundamental, a soma dos que dizem ter deixado de comer (10%) ou que têm comido menos (20%) é de 30%. Moradores da região Centro-Oeste são os que mais dizem que comeram menos que o costume ou que deixaram de fazer refeições: são 38% nessas condições.

A pesquisa foi realizada por meio de ligações para telefones celulares e fixos de 6 a 8 de dezembro de 2021. Foram 3.000 entrevistas em 489 municípios nas 27 unidades da Federação de 6 a 8 de dezembro de 2021.

Para chegar a 3.000 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. A margem de erro é de 1,8 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

ALIMENTAÇÃO X AVALIAÇÃO DE BOLSONARO

Entre aqueles que avaliam o presidente como “ruim” ou “péssimo”, 35% dizem ter comido menos ou deixado de fazer uma refeição. No grupo dos que o avaliam como “ótimo” ou “bom”, o percentual é de 16% –diferença de 19 p.p. (Poder Data)

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