Pedido de cassação de Glauber Braga chega ao Conselho de Ética

Deputado federal de extrema esquerda, filiado ao Psol/RJ, empurrou para fora da Câmara um militante do MBL

Na tarde desta segunda-feira (22/04), chegou ao Conselho de Ética da Câmara Federal, em Brasília (DF), a representação contra Glauber Braga, deputado federal pelo PSOL/RJ. A representação de cassação foi protocolada pelo partido Novo. O envio do documento ao Conselho foi feito pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), procedimento que é padrão nesses tipos de casos. No momento, ainda não foi instaurado um processo contra o deputado por este episódio.

“Não carece de muito esforço argumentativo para verificar que o conjunto de condutas praticadas pelo deputado Glauber violam frontalmente os regramentos que ditam a postura dos representantes do povo”, diz o partido.

Entenda o caso

O deputado expulsou militante do MBL com empurrões e pontapés. Enquanto empurrava, Braga também xingou Gabriel Costenaro e precisou ser contido pela Polícia Legislativa.

Gabriel Costenaro fez provocações antes de ser expulso. Costenaro chamou Braga de “burro” e de “fraco” e falou algo sobre uma mulher, por quem, aos gritos, o deputado dizia ter muito respeito.

Braga e Costenaro prestaram depoimento à Polícia Legislativa. O deputado Kim Kataguiri (União-SP), que havia se reunido com Costenaro mais cedo, foi ao local e discutiu com Braga.

Costenaro é um dos nomes lançados pelo grupo como pré-candidato a vereador no Rio. Ele integra um núcleo batizado de “Inimigos Públicos”, caravana para percorrer universidades brasileiras e atacar o que consideram doutrinas esquerdistas.

Braga diz não se arrepender

“Não peço desculpas por nada que fiz”, afirmou. O deputado disse ao site UOL que assumiria suas responsabilidades.

Segundo Braga, é a quinta vez que Costenaro o interpela com provocações: “É a quinta vez. A última, no Rio de Janeiro, ele ameaçou a mãe de um militante nosso, disse que sabia onde ela morava. Ela tem 70 anos. Agora, aqui no Congresso, com um sorriso irônico esperando para provocar, levantar uma câmera. Não temos que aguentar ameaça, intimidação de fascista de plantão em todo lugar que a gente está. Não vamos aceitar e achar normal”.

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