MARABÁ (PA) – O indivíduo, identificado como Raimundo Nonato de Sousa, associado ao caso da Fazenda Ubá, um dos episódios mais sombrios da região do sudeste do Pará, foi detido na cidade de Novo Repartimento, pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (18), um vídeo registrou o momento da sua apreensão, assista:
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Entenda o caso
No dia 13 de junho de 1985, oito trabalhadores rurais, incluindo uma mulher grávida, foram vítimas de tortura e assassinato em São João do Araguaia, por ordem de José Edmundo Ortiz Vergolino, um latifundiário ligado ao período da Ditadura Militar.
As vítimas, João Evangelista Vilarina, Francisca Pereira Alves, Januário Ferreira Lima, Luiz Carlos Pereira de Souza e Francisca da Silva (que estava grávida), foram descobertas uma semana após o massacre, gerando indignação na região e levando a denúncias da Comissão Pastoral da Terra na Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Esses trabalhadores teriam supostamente invadido a Fazenda Ubá, propriedade de José Edmundo Ortiz Vergolino. No dia 18 do mesmo mês, três agricultores adicionais foram mortos – José Pereira da Silva, Valdemar Alves de Almeida e Nelson Ribeiro.
Em 2019, José Edmundo Ortiz Vergolino, proprietária da fazenda foi condenado a mais de 152 anos de prisão pelos assassinatos dos oito trabalhadores rurais, ele foi acusado de ser o mandante do crime. Na justiça, ele teve seu pedido de liberdade negado de forma unânime pela Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
No entanto, a recente prisão desse pistoleiro relacionado a esse caso, quase quatro décadas depois, traz à tona novamente a tragédia que ocorreu na Fazenda Ubá. O nome de Raimundo Sousa não aparece nos diversos documentários sobre o caso nem se tinha notícia de que ela estava na condição de foragido da Justiça.
No último domingo (15/10), o Canal Debate – Históris & Podcast lançou um vídeo documentando toda a história dessa chacina, onde, por exemplo, o pistoleiro Sebastião Pereira Dias, conhecido como ‘Sebastião da Terezona’, chegou a ser preso e foi morto dentro do presídio Fernando Guilhon, no ano de 1995, essa chacina permanece como um assunto sensível na Região de Carajás. Veja:
(Portal Debate)
