Parente de ex-governador vai a júri popular acusado de matar esposa no Pará

Renata Cardim morreu em 2015 (Reprodução)

O crime aconteceu em maio de 2015, e nesta quarta-feira (16), a juíza de Direito Luciana Maciel Ramos, da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, decidiu que Hélio Gueiros Neto será julgado pelo Tribunal do Júri. A data ainda não está marcada.

Gueiros Neto nega o crime, mas é acusado de assassinar a esposa Renata Cardim. A defesa dele já informou que vai recorrer da decisão.

Segundo a peça de acusação do Ministério Público do Pará, por volta das 2h45 de 27 de maio de 2015, o acusado asfixiou Renata Cardim, por sufocação mecânica direta, quando ela estava deitada na cama do casal. Primeiro, ela teria sido sedada, após, asfixiada, o que a levou a óbito.

O casal morava no edifício Rio Nilo, na Travessa Dom Romualdo de Seixas, no bairro do Umarizal, em Belém. De acordo com as investigações, o acusado agiu por vontade livre, consciente do ato criminoso em razão de incompatibilidade da vida em comum.

O advogado de defesa do acusado, Roberto Lauria, divulgou nota em que afirma que “para esta decisão de pronúncia ainda cabem três recursos, uma vez que foi pautada em uma premissa equivocada em relação às perícias. A defesa informa ainda que não há contradições entre as perícias, que foram unânimes em afirmar que Renata Cardim morreu de causas naturais. A defesa irá manejar todos os recursos cabíveis em relação à pronúncia, descartando hipótese de realização de Tribunal de Júri, para assim absolver Hélio Gueiros Neto”.

Hélio Gueiros Netos foi pronunciado pelo crime de feminicídio no ano de 2019. À época, o 4º promotor de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Lobato Prado, que assinou as alegações finais do Ministério Público do Pará, afirmou que “o crime ocorreu pelo fato do denunciado não suportar mais sua esposa e encontrar-se insatisfeito com o seu modo de ser, situação que levou o acusado de forma fria, cruel, premeditada matá-la asfixiada, conforme restou evidente no relatório do Instituto Médico Legal e das conversas de Whatsapp extraída do celular de Renata Cardim”.

Fonte: O Liberal

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