Parauapebas pode ter segundo turno nas eleições deste ano

Cadastro da Justiça Eleitoral encerrou às 17h desta quarta-feira (8), com muita procura dos retardatários

Há dois anos, a diferença do número de eleitores entre Parauapebas e Marabá era de apenas 10 mil pessoas aptas a irem às urnas escolher seus candidatos. Um pouco antes de fechar a janela de cadastro da Justiça Eleitoral de 2024, essa diferença se espraiou ainda mais. Agora são 23.099 eleitores a mais na Capital do Minério em relação ao município-mãe, Marabá.

Segundo dados da Justiça Eleitoral (ainda resta atualização final), Parauapebas tem 199.139 eleitores aptos a irem às urnas em outubro deste ano. Por outro lado, Marabá estacionou em 176.040 eleitores. Caso Parauapebas passe a casa dos 200 mil eleitores, conforme se prevê, o município poderá ter eleição em segundo turno ainda em 2024.

Como era o último dia do prazo para quem precisava resolver pendências com a Justiça Eleitoral ou tirar a primeira via do título de eleitor, muitos marabaenses fizeram filas na porta do cartório do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA). Teve gente que varou a madrugada ou esperou até 12h para ser atendida.

A estudante Manuele Duarte teve que pegar senha para receber atendimento. “Eu estou desde as 5h aqui e já são quase 16h,” contou à Reportagem do Blog.

Na fila desde as 14h, a esteticista Maria José Basílio foi tentar tirar o título para o filho, que quer se candidatar a uma vaga de Jovem Aprendiz. “Eu perdi um dia de trabalho para vir aqui acompanhar meu filho. E tem umas cem pessoas na minha frente,” disse.

Por que há prazo para o fechamento do cadastro eleitoral?

A Justiça Eleitoral precisa saber o número de eleitores que podem participar das eleições de cada ano. Esses dados são usados como base para a organização da logística do pleito – a definição, por exemplo, dos locais de votação, preparação de seções eleitorais, distribuição das urnas, alocação de pessoal para trabalhar.

O que acontece com quem não regulariza as pendências do título eleitoral?

Os eleitores que não regularizam os títulos terão dificuldades com outros documentos e serviços públicos do dia a dia. Não podem, por exemplo:

  • tirar documentos como passaporte, carteira de identidade; no caso do passaporte, a proibição não se aplica ao brasileiro que mora no exterior e precisa do documento para voltar ao país;
  • ingressar em universidade pública ou renovar matrícula em instituição de ensino superior;
  • assumir cargos comissionados ou efetivos (por aprovação em concurso público);
  • obter empréstimo em instituições públicas.

Pela legislação, tem o título cancelado quem não vota em três eleições consecutivas, não paga a multa pela ausência ou não se justifica.

Eleições 2024

Em outubro, os brasileiros vão às urnas para eleger prefeitos e vereadores em mais de 5,5 mil municípios do país. O voto é obrigatório para os brasileiros entre 18 e 70 anos. Para jovens entre 16 e 18 anos, é facultativo. (Com Zé Dudu)

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