Parauapebas completa 33 anos de desenvolvimento e histórias

A cidade cresceu e desenvolveu a partir dos recursos recebidos da atividade mineral | Foto: Prefeitura de Parauapebas

O município de Parauapebas, no sudeste do Pará, completa 33 anos de emancipação político-administrativa nesta segunda-feira (10). Atualmente com uma população de 213 mil habitantes, a cidade é a maior exportadora de ferro do país. O nome da cidade é uma homenagem ao rio que corta a cidade.

Em 2018, segundo dados do IBGE, Parauapebas registrou o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do Pará, em termos absolutos, atrás somente da capital, Belém. São R$ 16 bilhões, o dobro de Marabá, que ocupa a terceira colocação com R$ 8,8 bilhões. Todo esse recurso é oriundo principalmente dos royalties recebidos da atividade mineral, principal economia do município.

O município de Parauapebas é conhecido por estar assentado na maior província mineral do planeta, a Serra dos Carajás. A extração do minério de ferro representa a principal fonte de recursos do município, empregando cerca de oito mil pessoas diretamente e cerca de 20 mil indiretamente. Além do minério de ferro, destaca-se a extração dos minérios de manganês e de ouro.

Além disso, a economia da cidade, que fica distante 700 quilômetros da capital, também é movimentada pela pecuária, agricultura e o comércio. O turismo é destaque com o Parque Zoobotânico de Carajás, as Serras, Complexo Industrial de Mineração e da Tribo indígena Xicrin.

Em 1984, a localidade era apenas uma vila, com poucas casas e estrada de terra | Foto: Reprodução

História

No fim da década de 60, pesquisadores descobriram a maior reserva mineral do mundo, em Carajás, território pertencente ao então município de Marabá. Anos depois, o governo federal concedeu à Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), hoje Vale, que na época era estatal, o direito de explorar minério de ferro, ouro e manganês no local, antes habitado por índios Xikrins do Cateté. Em 1981, deu-se início à implantação do Projeto Ferro Carajás, quando, então, no vale do Rio Parauapebas, começou a ser construída a vila de Parauapebas.

A notícia da construção do povoado de Parauapebas provocou um intenso deslocamento de pessoas para a área. Em pouco tempo, o povoado do Rio Verde, apesar das condições inferiores em relação aos padrões do núcleo urbano projetado em Carajás, cresceu descontroladamente. O movimento comercial também ocorreu rapidamente, justamente na área onde hoje é o Bairro Rio Verde. A vila, que havia sido projetada para atender até 5 mil habitantes, segundo dados do IBGE, já estava com cerca de 20 mil habitantes.

Os 165 quilômetros de poeira e buracos ligando Marabá à então vila de Parauapebas foram o caminho por onde chegaram os primeiros imigrantes, de todo o país, atraídos pela grande oferta de trabalho e esperança de riqueza fácil. Chegaram fazendeiros, madeireiros, garimpeiros e pessoas recrutadas para trabalhar no Projeto Ferro Carajás.

Próximo à Rodovia PA-275 começaram a surgir as construções das primeiras casas e barracas, dando início ao povoado de Rio Verde, que mais tarde se tornaria um dos maiores bairros da cidade. O município de Marabá, que administrava o povoado de Rio Verde, e a então CVRD construíram um núcleo urbano ao lado do povoado para abrigar os funcionários que iriam trabalhar nas obras da Estrada de Ferro Carajás, que ligaria o Pará ao Maranhão.

A empresa iniciou ainda as construções da escola Euclides Figueiredo, delegacia de polícia, hospital municipal, prédio da prefeitura e a instalação de rede elétrica. Em 1983, o então Grupo Executivo das Terras do Araguaia-Tocantins (Getat) distribuiu lotes agrícolas e usou máquinas para abrir as ruas do Rio Verde, onde o comércio já era bastante movimentado.

Hoje, a cidade possui 213 mil habitantes e também vive do comércio e do agronegócio | Foto: Anderson Souza

No ano de 1984, garimpeiros invadiram o povoado para obrigar o governo a lhes conceder o direito de explorar ouro em Serra Pelada. Em 1985, deu-se início à luta pela emancipação política da vila. Mas Parauapebas só teve autonomia administrativa depois de quatro anos de movimentos favoráveis ao desligamento político de Marabá.

A vila, por meio de plebiscito, tornou-se município a partir da Lei Estadual nº 5.443/88, de 10 de maio de 1988, iniciando administração autônoma a partir de 1º de janeiro de 1889. Em 28 de fevereiro de 1985 o Presidente da República João Batista Figueiredo inaugurou a ferrovia e a Vale iniciou a exportação do minério de Carajás. O trem de passageiros só viria a ser inaugurado um ano depois, por que não havia vagões de passageiros disponíveis para aquisição no mercado em 1985 e a Vale teve que encomendar e aguardar por um ano a entrega da encomenda que fez a uma empresa europeia.

E em 10 de maio de 1988 o então governador do estado Hélio da Mota Gueiros sancionou a lei Estadual nº 5.443/88, que criou o Município de Parauapebas.

Programação

Em homenagem às mais de 40 mil vidas salvas nesta pandemia e em memória às 371 vítimas de Covid-19 em Parauapebas, a Prefeitura vai trocar a tradicional queima de fogos de artifício por balões que serão soltos após o culto ecumênico em pontos específicos da cidade. Também fazendo parte da programação, terá a Exposição Museu “Trilhos de Memória”, blitz do turismo e inauguração de Unidade Básica de Saúde. A programação segue até o próximo dia 31. Na segunda, às 8h, será realizado um ato cívico, em frente à prefeitura, seguindo todos os protocolos de segurança para evitar o contágio do novo coronavírus e em seguida um culto ecumênico, na Praça da Bíblia. Às 17h terá a live de aniversário com transmissão ao vivo. (DOL)

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