Paraense faz ofensas racistas a deputada. “Preta ridícula, beiçuda, nariz de tomada”

Covarde, Júlio Saraiva desativou suas redes sociais

Um paraense virou notícia nacional, mas de forma extremamente negativa, após fazer uma publicação repleta de ofensas racistas a deputada federal Benedita da Silva (PT), na última terça-feira (25).

O administrador Júlio Marcos Saraiva usou seu perfil no Facebook para atacar de forma racista a parlamentar petista. A publicação foi feita após o TSE aprovar uma consulta criada pela parlamentar que determina a distribuição proporcional dos recursos de campanha e também do tempo de televisão a candidaturas pretas a partir de 2022.

Racista paraense, descendente de negros, bloqueou suas redes sociais

“Mulher feia, insípida, inodora, incolor, preta ridícula, beiçuda, nariz de tomada, essa vagabunda criou uma lei, que dá para quem e quilombola, (preguiçosos e lerdos) e preto em geral, cota de 20 % nos partidos na próxima eleição, vai inviabilizar os partidos, só podia ser coisa dessa negra idiota, líder da esquerda evangélica”, disparou Saraiva em seu perfil.

A postagem gerou revolta e inúmeros internautas denunciaram o perfil do agressor, assim como iniciaram uma campanha de solidariedade à Benedita da Silva nas redes sociais.

Horas depois Júlio Marcos Saraiva, que se diz “Administrador especialista em gestão com pessoas”, apagou a publicação, no entanto, os prints começaram a circular por todo o país e Júlio bloqueou suas redes sociais.

Após o ataque vários portais nacionais noticiaram o episódio envolvendo o paraense racista. Em suas redes sociais, Benedita receber várias mensagens de apoio e se manifestou. Veja: 

Por nota, o Conselho Regional de Administração do Pará condenou a manifestação de Júlio Marcos, a qual caracterizou como “infeliz manifestação ofensiva”, ressaltando que é responsabilidade da instituição “combater manifestações de toda forma de discriminação étnica, sexual, de gênero, religiosa ou de qualquer natureza”, e que “os referidos atos de intolerância são injustificáveis e não podem ser aceitos, sob pena de limitação de direitos e enfraquecimento da democracia”.

O CRA-PA ainda afirmou que “essa lamentável atitude de preconceito racial não reflete a opinião e não é compartilhado pelos profissionais de Administração”, assim como “manifesta veementemente seu repúdio ao ato praticado, assim como presta toda solidariedade a parlamentar e ao povo negro”.

Fonte: Diário do Pará

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