Pará critica ministro e segue vacinação de adolescentes

Na tarde desta quinta-feira (16), o ministro da Saúde informou sobre a suspensão da imunização do público entre 12 e 17 anos. Sociedade Brasileira de Imunização critica decisão
Foto: Secom PMM

A vacinação de adolescentes no estado do Pará vai continuar, mesmo após o Ministério da Saúde suspender a imunização para este público. O governador Helder Barbalho (MDB) anunciou nas redes sociais que os adolescentes entre 12 e 17 podem continuar recebendo o imunizante.

De acordo com o governador do Pará, a decisão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi tomada de forma unilateral. Até o momento, o estado já vacinou 174.839 adolescentes.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, também se manifestou sobre a decisão do Ministério da Saúde. O prefeito informou que a capital seguirá também avançando no seu plano de vacinação de adolescentes.

Queiroga suspende vacinação

Na tarde desta quinta-feira (16), o ministro da Saúde conduziu uma entrevista coletiva para comunicar a decisão de suspender a vacinação para adolescentes sem comorbidades.

Segundo Queiroga, a vacina apresentou efeitos adversos em uma quantidade dOS jovens que receberam a primeira dose. O ministro criticou a campanha de vacinação de estados e municípios e alegou que há registro de cerca de 1,5 mil eventos adversos à vacina, em 3,5 milhões de vacinados.

Agora, a orientação do ministério é de que apenas adolescentes entre 12 e 17 anos que tenham deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade sejam vacinados. A pasta quer que os adolescentes que tomaram a primeira dose, não tomem a segunda.

“Boa parte dos efeitos adversos aconteceram por esse erro de vacinação. O Ministério da Saúde vai ficar vigilante para acompanhar, até mesmo por busca ativa, e vamos pedir aos secretários para acompanhar de perto”, ressaltou o ministro.

Especialistas criticam decisão

Em nota, a Sociedade Brasileira de Imunização reforça seu posicionamento a favor da vacinação dos adolescentes e a importância da continuidade no plano de vacinação do grupo entre 12 e 17 anos. “A entidade discorda do recuo do Ministério da Saúde (MS) em relação à vacinação de adolescentes sem comorbidades após o anúncio do início da vacinação desse grupo”, diz a nota. Segundo a instituição, a medida prejudica o avanço do combate da pandemia, ao gerar receio na população: “Abre espaço para fake news”, reforça a SBIm. (Portal Debate Carajás, com O Liberal)

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