Pais mal-educados atacam professores nas redes sociais

Crédito: Reprodução

Nos últimos meses, dezenas de áudios, atribuídos a pais ou mães de alunos, grosseiros e mal-educados, residentes nas cidades de Parauapebas, Itupiranga, São Domingos do Araguaia e Marabá, todas no sudeste do Pará, chegaram ao Portal Debate Carajás, vomitando “cobras e lagartos”, direcionados aos professores da rede pública de ensino de cada município, atribuindo aos docentes a falta de aula presencial nas escolas da região.

Impropérios como “bando de safados”, “preguiçosos”, “estão ganhando para ficar em casa”, “vagabundos”, “deviam vir na minha casa trazer as tarefas do meu filho”, ” não ganho para educar meus filhos”, “parasitas da nação”, “comunistas sem vergonha”, entre outros xingamentos, estão deixando os educadores com os nervos à flor da pele, durante as aulas remotas.

Os trabalhadores da educação afirmam que quase todas as secretarias municipais de educação do estado do Pará, com raras exceções, estão se omitindo diante da pandemia da covid-19, em relação ao diálogo com os pais de alunos. Se aproveitando dessa lacuna, alguns escroques procuram menosprezar o trabalho e atentar contra a honra dos educadores na Região do Carajás.

A longa crise provocada pelo coronavírus pegou todo mundo de surpresa. De repente, as aulas foram paralisadas em 2020 e a gestão, em seus mais diversos segmentos, e os educadores se viram diante de uma “sinuca de bico” para retomar as aulas.

Depois de alguns debates, optou-se pela aula remota, porém nenhuma secretaria de educação forneceu Smartphone, celular, computador e internet para o professor exercer suas atividades laborais. Os mestres foram jogados na “cova dos leões” para enfrentar a ira de pais preguiçosos e ignorantes que passaram a agredir os educadores nas redes sociais.

Marabá

O Debate Carajás ouviu a Secretaria de Educação de Marabá, através do Prof. Fábio Rogério, a respeito dos constantes ataques a professores nas redes sociais. O Diretor de Ensino da Secretaria de Educação de Marabá afirmou que o ano de 2020 serviu como laboratório para todos. Tudo passou a ser novo na escola devido a pandemia da covid-19.

Fábio assegurou ainda que, em 2021, assim que as atividades nas unidades de ensino forem retomadas, haverá um diálogo esclarecedor, mostrando o papel de cada segmento escolar, para a família dos alunos. “O diálogo será o carro chefe no retorno das aulas”, finalizou. Para os professores, a omissão da Semed deixa o professor como um “para-choque” na relação pais e escola.

Fonte: Pedro Souza

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