Oposição acusa Helder de usar “estrutura estatal” para perseguir desafetos no Pará

Vazou um mandado de busca, apreensão, bloqueio de bens e afastamento das funções públicas enviado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) contra pessoas ligadas ao Prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos (PSB), inimigo de Helder Barbalho.
Dr. Daniel Santos (PSB) e Helder Barbalho (MDB) - Fotos: Reprodução

MARABÁ (PA) – Segundo a oposição, o vazamento de um pedido de busca, apreensão e apreensão, bloqueio de bens e afastamento das funções públicas enviado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) ao Juiz da Vara de Combate ao Crime Organizado, em Belém, em desfavor de pessoas ligadas ao Prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos (PSB), expõe o maléfico modus operandi utilizado por Helder Barbalho (MDB) contra seus adversários políticos.

Dr. Daniel Santos era aliado de Helder, mas decidiu sair do MDB, rompeu com o governador do Pará com o objetivo de disputar a eleição para governador em 2026. O político é candidato a reeleição em Ananindeua e deverá ser reeleito “com os pés nas costas” como se diz na linguagem popular. A partir deste momento, Helder Barbalho e Dr. Daniel passaram a travar uma briga política ferrenha. A ação policial teria como alvo os supostos ilícitos na execução do contrato entre o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado (Iasep) e o Hospital Santa Maria.

De acordo com a oposição, o “barbalhismo” contaminou parte do Ministério Público do Pará e possui forte influência política dentro do Poder Judiciário. Segundo fontes de dentro do MPPA, que discordam da determinação, a ordem “veio de cima” e a futura ação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em residências de pessoas ligadas a Daniel e ao Hospital Santa Maria, onde ele é sócio, teria como objetivo combater o efeito positivo de obras e inaugurações na imagem de Daniel Santos.

Conforme vozes da oposição, a prisão do ex-deputado  Wladimir Costa, mas conhecido como “Wlad”, no dia 18 de abril de 2024,  atribuindo a ele o crime de extorsão, violência política de gênero, injúria, difamação, perseguição e violência psicológica contra a deputada federal  Renilce Nicodemos (MDB), aliada de Helder, pareceu que foi utilizada uma “overdose de ditadura” para curar um simples resfriado das redes sociais, pois existem outros meios jurídicos de se combater os supostos crimes imputados ao político e desafeto declarado de Helder Barbalho diferente de uma prisão preventiva.

Segundo a oposição, no dia 28 de abril de 2020, a Polícia Civil do Pará cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos jornalistas Eduardo Sarmento Cunha, Diógenes Silva Brandão e Jhonathan Souza da Silva, devido a críticas endereçadas ao governo Helder Barbalho pela compra ilegal de respiradores durante a pandemia da covid-19. Como diz o ditado popular, “Onde tem fumaça tem fogo”. Para muitos, a ação destrambelhada da Polícia Civil, em 2020, contra os jornalistas foi uma clara demonstração de uso da máquina estatal pública para perseguir adversários políticos do governador do Pará.

No dia 16 de junho de 2020, a Polícia Civil do Pará realizou uma ação em cumprimento de mandados de busca e apreensão em residências do marqueteiro Orly Bezerra, radialistas Nonato Pereira, Silvinho Santos e a Agência Griffo ligadas ao ex-governador Simão Jatene, inimigo político mortal de Helder Barbalho. Jatene vem denunciando, há anos, as supostas ações ditatoriais de Helder contra seus adversários no Pará e esse comportamento do governador precisa ser contido via democrática.

Em 2020, o ex-governador acusou Helder de usar a “máquina pública” para fazer com que os deputados estaduais rejeitassem sua prestação de contas. O placar foi de 34 votos contra e 6 a favor. Desde esta época, Simão Jatene ficou inelegível e se tornou uma forte candidato a menos para enfrentar o Barbalho nas urnas. Se as afirmações da oposição forem verdadeiras, o que me parece factível, os mecanismos de correição próprio do Poder Judiciário e o Ministério Público do Pará deverão “cortar na própria carne” para não terem suas imagens vistas pela população como subservientes a Helder Barbalho.

Os desafetos de Helder Barbalho que veem muita “coincidência” entre a prisão de “Wlad” e seus duros ataques ao governador, já começaram a insinuar que o prefeito Daniel Santos, que se tornou o inimigo político mais famoso do Barbalho, tem que ficar com as “barbas de molho”. Nada é mais nefasto em uma democracia do que se utilizar de uma interferência no Poder Judiciário e no Ministério Público para prejudicar um adversário político.

A oposição diz que os tentáculos de Helder buscam atingir Dr. Daniel Santos por meio do fechamento do Hospital Santa Maria, onde o médico é sócio, e falir também o Hospital Modelo, pertencente à família do deputado Erick Monteiro, aliado de Daniel nos embates contra o Barbalho. O governador estaria “se linchando” para a população de Ananindeua, pois seu objetivo principal seria impedir uma candidatura de Daniel Santos contra a candidatura de sua sucessora, Hana Ghassan (MDB). Vamos ver, pois como diz um ditado popular, “é para frente que a tampa da mala bate”.

Hoje em dia, a família de Helder Barbalho ocupa 20 cargos no governo do Estado do Pará em vagas estratégicas e em órgãos de controle, ao custo de quase meio milhão de reais por mês em salários. Os familiares e cônjuges foram nomeados ao longo das últimas décadas e têm se mantido nos cargos. O “aparelhamento” está pulverizado no Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), no Ministério Público de Contas dos Municípios, no Tribunal de Contas dos Municípios e na Corte de Contas do Estado (TCE-PA).  Portanto, Dr. Daniel Santos, “fique ligado”, pois a fama de ditador e perseguidor de Helder já circula por todo o Pará. (Portal Debate)

Foto: Divulgação

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