Obras inacabadas e sem planejamento dificultam vida da população em Parauapebas

Obras só ficam prontas na maquete - Crédito: Reprodução

Não é de hoje que alguns cidadãos tecem severas críticas sobre o modelo de urbanização que adota Prefeitura de Parauapebas, no sudeste do Pará. Obras mal planejadas e intermináveis, falta de obras de arte urbanas que agreguem bem estar, praticidade e beleza à cidade (como pontes, cruzamentos, monumentos), e, como se não bastasse tudo isso, a sinalização dessas construções é de um amadorismo que beira a irresponsabilidade.

Um exemplo, foi o famoso cruzamento que substituiu o viaduto. Nem os residentes conseguiam entender a lógica do desvio. Quando um visitante chegava a cidade, ficava por horas dando voltas sem conseguir chegar ao centro e sem compreender o nível de incompetência dos responsáveis por aquela lambança. Várias pessoas foram vítimas dessa “sinalização” ao chegar a Parauapebas em 2020.

Após o tal cruzamento semiacabado (porque acabar obra em Parauapebas é para os fracos) ser apresentado, a população ficou decepcionada com o que viu. Enquanto cidades pelo Brasil afora estão eliminando os cruzamentos e construindo rotatórias para facilitar o fluxo de trânsito e dar mais beleza, aqui os “especialistas” em engenharia de tráfego optaram por substituir o viaduto por cruzamento com semáforo, acrescentado mais transtornos para a vida da população.

“Será que essa gente é tapada?” “Será que nunca viajaram?” Citamos aqui o exemplo de Gramado-RS. Uma cidade com cerca de 35 mil habitantes e que recebe 2,5 milhões de visitantes no Natal Luz, não tem sequer um semáforo e, acreditem, com essa superpopulação no final do ano, não se vê engarrafamento, tudo graças a uma via inteligente bem planejada com rotatórias.

O pior de tudo isso é ver a letargia do prefeito Darci Lermen, um cidadão viajado aceitar e ser conivente com esse desperdício de dinheiro público com obras mal feitas que só dificultam a vida do cidadão e enfeiam Parauapebas. Só há uma explicação para tudo isso: como é de conhecimento de todos, a Secretaria Municipal de Obras (SEMOB) “pertence” ao empresário João Vicente Ferreira, conhecido por “Branco da White”, desde o ano de 2017.

O secretário indicado por ele – Wanterlor Bandeira – apenas obedece ordens e a prioridade do dono da secretaria é ganhar dinheiro fácil com obras mal feitas e inacabadas. Nos bastidores, comenta-se que o prefeito Darci não tem nenhuma autoridade sobre a pasta e também cumpre ordens do seu principal financiador de campanha eleitoral.

Secretário Wanterlor Bandeira – Crédito: Blog do Branco

O outro lado

Durante a tarde de ontem (15), A Redação do Portal Debate Carajás, Sucursal Parauapebas, conversou, via aplicativo de mensagens, com o secretário de obras – Sr. Wanterlor Bandeira. O servidor público justificou que a obra do cruzamento, substituindo o viaduto, foi fruto de mais de cinco anos de discussão entre prefeitura, DMTT (DMTT não é prefeitura?), Vale, Universidade Federal de Santa Catarina e Ibama. “Esse cruzamento não nasceu da vaidade da PMP e sim, frutos de estudos da melhor solução”, ressaltou.

Para grande parte da população, já está mais do que na hora do prefeito Darci Lermen repensar sua equipe e mudar a visão sobre desenvolvimento de Parauapebas. Caso contrário, queimará mais um mandato – e já será o quarto – e não conseguirá deixar nem um legado positivo para o município. Essa é mais uma prova de que negociar secretaria com grupos políticos em troca de apoio eleitoral é uma prática danosa e cara para toda a população da “Cidade do Aço”.

Fonte: Portal Debate Carajás – Sucursal Parauapebas

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