OAB nega prisão de advogada em Marabá

O Presidente, Dr. Rodrigo Botelho, afirmou que, na verdade, houve um cumprimento de busca e apreensão domiciliar e pessoal deferido pela Vara de Combate às Organizações Criminosas no estado do Pará, em desfavor da causídica de Marabá, no âmbito da “Operação Muralha”.
Foto: Reprodução

MARABÁ (PA) – Na tarde desta segunda-feira (26), foi noticiado que o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estado do Pará (GAECO), com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI) tinham efetuado a prisão de um advogado, no Bairro Belo Horizonte, Núcleo Cidade Nova, em Marabá, no sudeste do Pará.

A Reportagem do Portal Debate entrou em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção Marabá, o Presidente Dr. Rodrigo Botelho, afirmou que, na verdade, houve um cumprimento de busca e apreensão domiciliar e pessoal deferido pela Vara de Combate às Organizações Criminosas no estado do Pará, em desfavor da causídica de Marabá, no âmbito da “Operação Muralha”.

A “Operação Muralha” fundamenta-se em procedimento investigatório criminal instaurado no âmbito do GAECO com o objetivo de investigar conduta ilícita de advogados, consistente em integrar organização criminosa (Lei nº 12.850/2013) e lavagem de dinheiro, em Marabá. O nome da investigada não foi divulgado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

Segundo o Ministério Público do Estado do Pará, ao longo de mais de dois anos de investigação, o advogado alvo da medida cautelar de busca e apreensão compõe a célula jurídica denominada “Sintonia dos Gravatas”, na estrutura da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A advogada estaria supostamente prestando serviço para o crime organizado. Ela está impedida de exercer a advocacia por força de decisão judicial decorrente da “Operação Muralha”.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, em Marabá, em um escritório de advocacia, situado no Bairro Belo Horizonte, e em Castanhal, no Bairros Centro, Nova Olinda e Saudade I. Durante a “visita” à advogada, foram apreendidos telefones celulares, documentos, agendas com anotações de interesse da investigação e mais de 1.000 bilhetes e cartas trocadas entre presos faccionados, os quais usavam advogados como “pombo correio”, o famoso “leva e traz”.

Os cumprimentos das decisões judiciais que autorizaram a medida cautelar de busca e apreensão domiciliar e pessoal  foram devidamente acompanhados por advogados integrantes da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PA). As investigações prosseguem em segredo de Justiça para a análise das evidências apreendidas. De acordo com Rodrigo Botelho, a notícia da prisão da advogada foi publicada de maneira equivocada. (Portal Debate, com MPPA)

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