Um posto de combustível situado às margens da BR-222, em Marabá, anuncia uma teórica baixa do preço na bomba há algum tempo, mas tem atiçado, nos últimos dias, a curiosidade de motoristas ante as sucessivas mudanças na política da Petrobras.
O mesmo posto vem acompanhando as mudanças praticadas pelas refinarias e, consequentemente, pelas distribuidoras na tabela de preços, com gasolina sendo vendida a R$ 5,19 (antes era R$ 4,93) e o diesel a R$ 4,30 (antes R$ 3,98). A placa, contudo, continua lá, talvez ela mesmo baixando do lugar em que foi instalada.
Marabá, aliás, é a nona cidade paraense com o preço médio do litro da gasolina mais caro (R$ 5,42). A vizinha Parauapebas é a segunda a cobrar mais caro pelo preço do combustível no estado (R$ 5,66), atrás apenas de Altamira (R$ 5,71). Ananindeua (R$ 5,16) e Belém (R$ 5,31) registram os menores preços. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Já o preço médio do diesel cobrado pelos postos em Marabá chegou a R$ 4,59 o litro. O menor valor encontrado é R$ 4,49, chegando até R$ 4,69. Em Parauapebas, o litro do combustível está custando em média R$ 4,49. O menor preço é R$ 4,47, alcançando R$ 4,52.
Quarto reajuste
Nesta sexta-feira (19), o preço médio de venda de gasolina nas refinarias da Petrobras passou a ser de R$ 2,48 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,23 por litro. Já o preço médio de venda de diesel passou a ser de R$ 2,58 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,34 por litro.
Foi a quarta alta do ano nos preços da gasolina, e a terceira no valor do litro do diesel. Em dezembro, o litro da gasolina custava em média R$ 1,84. Já o do diesel saía a R$ 2,02.
Com os novos reajustes, o litro da gasolina nas refinarias acumula alta de 34,78% desde o início do ano. Já o diesel subiu 27,72% no mesmo período.
Entenda
O preço da gasolina e do diesel cobrado pelos postos ao consumidor depende diretamente do valor ofertado pelas distribuidoras. Como em efeito dominó, quando há reajuste de preço nas refinarias, logo o consumidor tende a sentir no bolso. (Vinícius Soares/Debate Carajás)