Nota de pesar faz Bolsonaro trocar comando da PRF

Adriano Furtado e Jair Bolsonaro

Na última sexta (22) o Ministério da Justiça (MJ) anunciou a troca no comando da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O antigo diretor, Adriano Marcos Furtado, foi substituído por Eduardo Aggio de Sá.

A substituição ocorre envolta em mais uma polêmica. Isso porque a ‘queda’ de Adriano Furtado teria ocorrido em consequência do teor de uma nota de pesar publicada por causa do falecimento do agente administrativo da PRF Marcos Roberto Tokumori.

Tokumori tinha 53 anos, estava na PRF há seis anos e após 23 dias na UTI não resistiu e faleceu dia 21 de abril. Foi atestado que a morte se deu por conta de infecção por covid-19.  Segundo Ana Paula Gomes, esposa de Tokumori, o agente não sofria de qualquer doença preexistente, não fazia parte de nenhum grupo de risco e gozava de boa saúde.

Toda a polêmica teve início com a publicação de uma nota de pesar pela morte de Tokumori. A nota foi publicada pela PRF e além de expressar as condolências da equipe à família do falecido explicitava a causa da morte.

A publicação da nota causou mal estar entre o Planalto e o comando da PRF a tal ponto que Bolsonaro teria ligado pessoalmente para Adriano Furtado queixando-se do teor do texto.

Durante reunião ministerial de 22 de abril Bolsonaro rememora o teor da conversa  e destaca que ‘Ali na nota dele só saiu CODIV-19 (sic.). Então vamos alertar a quem de direito, ao respectivo ministério, pode botar CODIV-19 (sic.), mas bota também tinha fibrose nu… montão de coisa, eu não entendo desse negócio não. Tinha um montão de coisa lá, pra exatamente não levar o medo à população’.

A medida repercutiu mal no meio político. Analistas consideram que o ocorrido aumenta o desgaste sofrido pelo governo e soma-se a um conjunto de medidas questionáveis já adotadas pelo Planalto em menos de dois anos de governo.

Carlos Macambira – Estagiário

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