BELÉM (PA) – Nesta quinta-feira (24), às 9h, o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) marcou o julgamento de Hélio Gueiros Neto, advogado acusado de matar a esposa Renata Cardim, em maio de 2015, em Belém, capital do Estado do Pará.
No mês de dezembro de 2020, a juíza de Direito Luciana Maciel Ramos, que responde pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, determinou que Hélio Gueiros Neto fosse submetido a júri popular, acusado do crime de feminicídio.
Hélio Neto é acusado pela promotoria de Justiça por homicídio triplamente qualificado, incluindo feminicídio, asfixia e traição – quando a vítima não tem chance de defesa. A pedido do Ministério Público do Pará (MPPA), a Justiça retirou o sigilo do processo e pediu o recolhimento do passaporte do acusado, proibindo o réu de sair do país para dificultar sua fuga.
Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, no dia 27 de maio de 2015, por volta das 2h45, no Edifício Rio Nilo, localizado na Travessa Dom Romualdo de Seixas, o denunciado asfixiou, por sufocação mecânica direta, a vítima, quando esta se encontrava deitada em sua cama, tendo ela sido sedada e depois asfixiada, vindo a óbito no local do crime.
De acordo com o apurado pelas investigações, a autoria do crime é comprovada por uma série de circunstâncias que denotam que o acusado teve a vontade livre e consciência de matar sua esposa, como única solução da incompatibilidade da vida em comum. Já a defesa nega as acusações.
Hélio Neto foi denunciado pelo Ministério Público do Pará (MPPA) depois da exumação do cadáver da esposa. A morte dela foi considerada, inicialmente, natural, porém o laudo cadavérico revelou que a advogada morreu de asfixia mecânica por sufocação direta do então marido. (Portal Debate, com G1/Pará)