Mulher morta por pitbulls segurava caixa de pizza quando foi atacada

Marli Donegá foi mordida por seis cães em chácara no interior de SP. Namorado também foi atacado, mas conseguiu se esconder dentro de casa e pedir ajuda. Casal e um amigo voltavam de um restaurante quando houve o ataque
Foto: Reprodução

A costureira Marli Donegá Tizura, de 53 anos, que morreu após ser atacada por seis cães da raça pittbul em uma chácara de Birigui (SP), chegou à propriedade carregando uma caixa de pizza nas mãos, segundo a Polícia Civil.

Marli namorava o caseiro responsável cuidar da chácara, onde o caso foi registrado na noite da última quarta-feira (21).

De acordo com o delegado Nilton Marinho, a vítima, o namorado e um colega saíram para irem até uma pizzaria. Os cachorros foram soltos antes dos três deixarem a chácara.

Em seguida, o casal retornou em um carro para a propriedade, momento em que Marli foi atacada por três pitbulls adultos e três filhotes.

“O colega do casal resolveu voltar a pé. Ele disse que a Marli estava levando para a casa uma caixa com pizza. Então, o que pode ter acontecido é que na hora que a ela desceu do carro com a caixa de pizza, os cães avançaram com o objetivo de comer essa pizza, talvez pelo cheiro. É uma hipótese, porque ele falou que encontrou essa caixa toda rasgada lá no chão”, disse o delegado.

Ainda segundo Nilton Marinho, o namorado da costureira tentou afastar os cães, mas também acabou sendo atacado. Mesmo ferido, ele conseguiu fugir para dentro do imóvel e pedir ajuda antes de ficar desacordado.

“Os cães costumavam ficar soltos. Só quando chegava alguém que não era do local que eles eram presos. A Marli já tinha um certo contato. Então, os cães já estavam, de certa forma, familiarizados. Os cachorros são muito bem alimentados e tratados. Inclusive, eles tinham sido alimentos”, explicou.

Depois do ataque acontecer, o caseiro ligou para o dono da chácara. O homem foi à propriedade, sem saber o que tinha acontecido, e encontrou Marli morta e o funcionário ferido.

Investigação

Um funcionário da chácara e a filha de Marli serão ouvidos nos próximos dias, segundo a polícia. Além disso, será pedida uma perícia complementar do veículo, na parte interna, considerando que eles teriam usado o veículo para ir até a pizzaria.

“Seguimos dessa forma aguardando o restabelecimento do caseiro, que é imprescindível para continuar as investigações, e aguardando os laudos que demoram uns dias, e também o exame de corpo de delito do namorado de Marli, das lesões que ele sofreu”, disse o delegado.

‘Foi massacrada’, diz tio

O corpo de Marli foi velado com caixão fechado e enterrado na quinta-feira (21), em um cemitério de Birigui. Parentes e amigos da mulher acompanharam a cerimônia, que foi rápida por conta da pandemia.

“Foi massacrada. Não merecia. Foi uma tragédia horrível. Vai fazer muita falta. A Marli era gente para ninguém botar defeito. Ela cuidava de toda a molecada das igrejas. Não tinha tempo ruim”, afirmou o tio da costureira, Alcides Paschoal. (G1)

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