Morador grava jiboia em canoa na Orla de Marabá

As imagens com a serpente foram divulgadas no perfil de um influenciador digital | Foto: Reprodução/Instagram

Um morador, identificado pelo prenome Magnum, gravou nesta quarta-feira (24) um vídeo apontando uma jiboia (Boa constrictor) no interior de uma canoa às margens do Rio Tocantins, à altura da Colônia Z-30, na Orla de Marabá. As imagens com a serpente foram divulgadas pelo influenciador Ximozão Digital.

No vídeo, que acompanha esta matéria, o homem adverte pescadores que preferem trabalhar à beira das pequenas embarcações enquanto mostra a serpente sob algumas madeiras, escondida. As jiboias, porém, não são peçonhentas. Isso significa que não possuem veneno, mas podem causar morte por constrição (aperto), gerando aumento da pressão sanguínea no interior do organismo e extravasamento do sangue nos órgãos vitais da presa.

“A vocês que gostam de pescar em beira de canoa, subindo em canoa pra pescar no bico [proa], olha lá o que tem embaixo. Olha o tamanho daquela jiboia”, exclama, concluindo que a serpente estaria procurando refúgio. A Reportagem não conseguiu saber se o réptil foi resgatado.

O Corpo de Bombeiros foi acionado na terça para recolher esta jiboia no Hospital Regional

Surto de cobras

No último sábado (20), um soldado da Polícia Militar fez imagens de uma sucuri (Eunectes) enorme flutuando nas águas do mesmo Rio Tocantins, no Balneário da Mangueira, Núcleo Nova Marabá.

O réptil já estava morto, em fase de necrose, enroscado em galhos secos e entulho arrastados pela força da correnteza da água e possuía entre quatro e seis metros de comprimento.

Na terça (23), outra jiboia foi encontrada por funcionários no Hospital Regional Público do Sudeste do Pará (HRSP). Para alívio de todos, o animal vertebrado estava distante das alas assistenciais e nenhum prejuízo causou.

Consultado por repórter do Portal Debate Carajás, o professor doutor Felipe Bittioli Rodrigues Gomes, do quadro efetivo da Universidade Federal do Pará (UFPA) em Altamira, atribui as recentes aparições de cobras na área urbana ao desmatamento, à supressão do habitat natural e ao período chuvoso, que se intensificou em meados do último mês. Na avaliação dele, as serpentes, a exemplo desta encontrada pelo morador na canoa, estão à procura de abrigo.

Além disso, outro fator que explica o fenômeno é a maior incidência do principal alimento das serpentes, qual seja o rato, no período de precipitações instáveis. (Vinícius Soares/Debate Carajás)

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