Um padre renunciou ao cargo na paróquia em que atuava, no estado do Arizona (EUA), após o Vaticano invalidar milhares de batismos celebrados por ele durante 20 anos.
A investigação aponta que o reverendo Andres Arango, da paróquia de São Gregório, em Phoenix, usou a frase “Nós te batizamos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” em milhares de celebrações ao longo de duas décadas, explicou o bispo da região, Thomas J. Olmsted, em uma carta pública. O problema está no plural: o correto, segundo a Igreja, é “Eu te batizo”.
“Não é a comunidade que batiza uma pessoa. É Cristo, e apenas Cristo, que preside todos os sacramentos”, escreveu Olmsted.
O bispo esclareceu que a Igreja alertou recentemente que os batismos não são válidos quando mudada para o plural e que “mesmo padres não podem adicionar, remover ou mudar nada na liturgia por conta própria”.
Olmsted diz não acreditar que Arango tenha cometido o erro de forma intencional. O padre deixou o cargo no início de fevereiro e escreveu uma carta aos fiéis pedindo desculpas. O padre afirmou que vai se dedicar “em tempo integral a ajudar a remediar o ocorrido”.
“Me entristece saber que realizei batismos inválidos durante todo o meu ministério como sacerdote, usando regularmente uma fórmula incorreta. Lamento profundamente meu erro e como isso afetou muitas pessoas.”
O bispo Olmsted pediu que os fiéis batizados por Arango procurem a diocese para receber orientações. Como o batismo é o primeiro de todos os sacramentos, algumas pessoas provavelmente precisarão repetir outros sacramentos, como o casamento. (Com O Liberal)
