Médico é condenado a dez anos de prisão por morte de paciente no Pará

O Tribunal do Júri de Ananindeua, região metropolitana, condenou o médico Gercino Corrêa da Costa a 10 anos de prisão pela morte da paciente Margarida Silva Ferreira. O júri entendeu que o médico foi negligente e assumiu o risco de levar à paciente ao óbito durante uma cirurgia. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (17).

De acordo com o processo, Margarida da Silva Ferreira foi submetida a uma cirurgia no dia 30 de setembro de 2010, mas foi a óbito no dia 1º de outubro, devido a uma hemorragia causada pelo procedimento.

Segundo a investigação do caso, quando a vítima foi para o apartamento após a cirurgia, a fila de Margarida percebeu que o procedimento ainda estava aberto e que a paciente estava sentindo muitas dores. O enfermeiro foi acionado que, logo ao perceber a gravidade do caso, informou que seria necessário comunicar o médico plantonista do momento. Ao constatar o grave caso de Margarida, o médico plantonista solicitou que Gercino Corrêa da Costa retornasse ao hospital para que a cirurgia fosse finalizada.

O médico responsável e a paciente retornaram para a sala de cirurgia às 23h do dia 30 e retornou para o apartamento às 1h do dia 1º. Margarida passou mal no quarto durante a madrugada, acordando, vomitando e com muitas dores nas costas e indo a óbito na noite daquele dia.

Em sua sentença, a juíza Cristina Collyer entendeu que Gercino Corrêa da Costa agiu de forma atípica do que se espera de um procedimento de histerectomia, causando muita dor à paciente.

“À vítima, a qual foi submetida a dois procedimentos cirúrgicos, sendo o segundo realizado sem anestesia, apenas sedação, causando-lhe considerável sofrimento, não adotando todos os protocolos médicos necessários”, disse. Como o réu respondeu ao processo solto, a juíza concedeu direito para que ele recorra da sentença em liberdade.

G1 Pará

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