Médica alerta que máscara M85 não protege da covid-19

Atenção: os infectologistas garantem que esta máscara não é eficiente para evitar a transmissão viral porque não veda no rosto

Um novo modelo de máscara, feito de vinil transparente e comercializado em sites brasileiros com o nome de M85, tem chamado atenção das pessoas com a promessa de fazer uma barreira contra o novo coronavírus sem interferir na aparência física. Mas atenção, os infectologistas garantem que ela não é eficiente para evitar a transmissão viral porque não veda no rosto.

“Não adianta ter conforto ou ser bonita, se não é segura. A proteção é o mais importante. A gente está em um momento (da pandemia) tão crítico quanto estivemos no ano passado e a tendência é que piore ainda mais”, afirma a infectologista Ana Helena Germoglio, médica do Hospital Águas Claras.

Em uma busca na internet, é possível encontrar versões do modelo descritas como “lavável e ajustável com design inovador e clean”. O fabricante de uma delas informa ainda que o utensílio previne a “recepção de gotículas e sua proliferação também, tornando sua respiração muito mais tranquila”.

No entanto, assim como o face shield, que é um protetor facial, a M85 não veda as laterais, o que permite a entrada e saída de gotículas aerossóis contaminadas com o vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19.

“Ela nem deveria ser chamado de máscara. Nada mais é do que um protetor facial”, dispara a infectologista. “Funciona como uma barreira para as partículas que são imediatamente expelidas, mas não para as gotículas que ficam suspensas no ar saem ou entram pela lateral”, explica Ana Helena.

“Além de ser uma barreira mecânica, ela precisa ser bem vedada para garantir a proteção tanto para quem está usando, quanto para quem está do outro lado”, completa.

Estudos publicados ao longo da pandemia mostram que protetores faciais não funcionam sozinhos e que precisam de uma máscara de tecido ou cirúrgica por baixo.

Confusão com o nome

Uma das máscaras consideradas mais seguras na prevenção à Covid-19 é a N95. O modelo é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e leva este nome porque filtra 95% das partículas de ar. O uso da N95 é recomendado para o ambiente hospitalar, em especial para as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) o risco de contaminação é maior.

A infectologista acredita que o nome do novo modelo (M85) pode levar à confusão e dúvida, já que reproduz o nome de um equipamento de segurança hospitalar.

Fonte: Metrópoles

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