Março Amarelo e Lilás: saúde da mulher é destaque em campanha nacional

O objetivo das campanhas é alertar sobre os sinais, sintomas, formas de prevenção e importância do diagnóstico precoce para o tratamento de ambas as doenças.
Foto: Ilustração

A Campanha Nacional “Março Amarelo e Lilás” une dois movimentos importantes, promovidos pelo Ministério da Saúde, para conscientizar sobre doenças que afetam a saúde das mulheres: a endometriose e o câncer do colo do útero, respectivamente.

O objetivo das campanhas é alertar sobre os sinais, sintomas, formas de prevenção e importância do diagnóstico precoce para o tratamento de ambas as doenças. Entenda mais sobre as duas ações a seguir:

Março Amarelo

A endometriose afeta cerca de 176 milhões de mulheres no mundo, sendo mais de 7 milhões no Brasil, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). A doença é caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial, que reveste o útero, para fora do órgão reprodutor, atingindo regiões como ovários e tubas uterinas.

Na endometriose profunda, fragmentos do endométrio podem chegar a outras regiões da pelve e do abdômen, como na bexiga e no intestino (condição chamada endometriose intestinal).

O principal sintoma da endometriose é a dor intensa na região pélvica, principalmente durante a menstruação, intensificando as cólicas menstruais. Também é possível sentir dor durante a relação sexual, alterações no funcionamento do intestino, além de dificuldade para engravidar.

A endometriose pode ser diagnosticada por exames ginecológicos, laboratoriais e de imagem. O tratamento inclui o uso de anticoncepcionais para interromper a menstruação e controlar os sintomas (para quem não deseja engravidar) ou a cirurgia para remover os fragmentos do endométrio em regiões fora do útero.

Março Lilás

A campanha Março Lilás visa a conscientização da população sobre a prevenção e tratamento do câncer do colo do útero. De acordo com dados oficiais, essa é a terceira doença mais frequente entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de mama e colorretal.

De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 17.010 casos novos desse tipo câncer, o que representa uma taxa de incidência de cerca de 15 casos a cada 100 mil mulheres.

O câncer do colo do útero é causado pela infecção por HPV (papilomavírus humano), que é sexualmente transmissível. Na maioria dos casos, a infecção não causa o câncer, mas, eventualmente, pode levar a alterações celulares que podem evoluir para o tumor, causando sintomas como sangramento vaginal irregular, corrimento vaginal fétido e de cor marrom, e dor pélvica. No entanto, esses sintomas são mais comuns em estágios já avançados.

Por isso, a campanha serve para conscientizar sobre as formas de prevenção do câncer do colo do útero, que inclui o uso de preservativos nas relações sexuais, além da vacinação contra o HPV. Além disso, também alerta para a importância do diagnóstico precoce, ainda em fase inicial, que pode ser feito através do papanicolau.

O imunizante é distribuído gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para meninas e meninos de 9 a 14 anos, homens e mulheres transplantados, pacientes oncológicos em quimioterapia e radioterapia, pacientes com HIV/Aids e vítimas de violência sexual.

A vacina contra HPV também está disponível na rede privada, sendo oferecida para mulheres com idades entre 9 e 45 anos e homens entre 9 e 26 anos. (As informações são da CNN Brasil)

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