População precisa negociar com a Vale a construção da nova Ponte do Rio Tocantins

Caminhão enguiçou sobre a Ponte do Rio Tocantins, no sentido São Félix a Nova Marabá, e provocou um fila enorme, na manhã desta segunda-feira (24).
Foto: Redes sociais

MARABÁ (PA) – Nesta manhã de segunda-feira (24), os moradores do Núcleo São Félix-Morada Nova tiveram um “café da manhã” nada agradável, por volta de 7h, pois mais uma vez formou-se um enorme engarrafamento sobre a Ponte do Rio Tocantins, em Marabá, no sudeste do Pará.

Desta feita, de acordo com testemunhas, um caminhão enguiçou e provocou o transtorno de quase todos os dias em uma ponte mal planejada. Em lugar nenhum do mundo, existe uma ponte com uma extensão do tamanho da Ponte do Rio Tocantins, com pista única onde só cabe um carro. Essa situação se arrasta há décadas sem nenhuma solução a curto prazo, porque a estrutura foi mal feita e não existe área de escape.

Quase toda semana, quem utiliza a Ponte do Rio Tocantins em viagem ou a trabalho tanto em Marabá ou no Núcleo São Félix-Morada Nova enfrenta o “pão que o diabo amassou” para se livrar desses constantes engarrafamentos. O problema afeta diretamente os alunos que estudam em Marabá, pois os atrasos do ônibus coletivo viraram uma rotina na vida dos estudantes acompanhada da perda de aulas.

Foto: Redes sociais

Nova ponte

A nova ponte sobre Rio Tocantins, a ser construída pela Companhia Vale, nos próximos meses, precisa ser rediscutida pela sociedade. O povo de Marabá não pode aceitar que a Vale esteja “fazendo um favor” para a Terra de Francisco Coelho. Esta nova ponte deverá ser levantada com, no mínimo, três pistas de rolamento em vez de uma só. Caso ocorra um acidente ou o enguiço de um veículo, o trânsito fluiria mais lento, porém não se teria um interrupção total como ocorre hoje, porque só passa um carro por vez.

O Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Câmara Municipal de Marabá (CMM), Prefeitura de Marabá (PMM), associações de bairro, associações e sindicato de taxistas, sindicato de mototaxistas, entidades ligadas ao movimento estudantil, diversos movimentos sociais, entre outros, necessitam dialogar com a Vale para não se repetir o mesmo erro na construção de outra ponte onde só caiba um carro por vez e ainda “espremido” pelas grades de proteção.

“Mão inglesa”

Outra invencionice que precisa ser extirpada do projeto da nova ponte, se é que ela ainda faz parte, é a chamada “mão inglesa”, porque os acidentes também acontecem neste trecho que antecede o início da ponte. “Conversando aqui com meus botões”, chegamos a conclusão de que ela não passa de uma “invenção” sem nenhuma eficácia comprovada, pois bastaria fazer um viaduto para o trânsito passar por baixo da linha férrea e o tráfego seguiria normal com mão e contramão.

Nas últimas décadas, qualquer “espirro de gato” vem interditando a Ponte do Rio Tocantins. Os constantes engarrafamentos no local atrasa a vida de todo mundo. As ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enfrentam o mesmo problema porque na pista da ponte só passa um carro por vez. “Estamos de olho na situação, pois acima dos interesses da Vale encontra-se o direito a mobilidade urbana da população de Marabá”. (Portal Debate)

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Foto: Reprodução

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