‘Peças do xadrez’ começam a se movimentar rumo a sucessão de Tião Miranda

A dois anos da próxima corrida eleitoral, seis políticos já despontam no páreo para ocupar a cadeira mais importante de Marabá.
Foto: Portal Debate

Pedro Souza – A votação ocorrida no dia 2 de outubro, em Marabá, no sudeste do Pará, colocou um ponto final na disputa política local em 2022. De agora em diante, todas as articulações e estratégias estão se voltando para a sucessão do atual Prefeito Tião Miranda (PSD), sem dúvidas, o maior líder político, nas últimas décadas, da Terra de Francisco Coelho.

Dono de uma aceitação popular beirando os 80%, Sebastião Miranda não conseguiu eleger o filho, Thiago Miranda (MDB), para deputado estadual, mas o jovem foi o candidato mais votado em Marabá, alcançando 27.229 votos, isso significa que, além da força da máquina pública, elemento fundamental em uma eleição, Tião conseguirá transferir boa parte de seus votos para seu futuro candidato a prefeito em 2024, caso ele decida apoiar alguém de seu grupo político.

Como o gestor não poderá indicar Thiago Miranda como seu sucessor devido as restrições contidas no Art. 14, § 7º, da Constituição Federal (CF), a conjuntura política atual e o recorte do momento indicam que Tião Miranda possui três alternativas com maior apelo popular para indicá-las para sua sucessão à frente da Prefeitura Municipal de Marabá (PMM): 1) Luciano Dias (Vice-prefeito); 2) Fábio Moreira (Secretário de Obras) e 3) Pedro Corrêa (vereador – Presidente da Câmara Municipal de Marabá).

Nos corredores do mundo político, rola que ficaria muito difícil surgir algum outro nome, além dos 3 citados, ligado a Tião Miranda com chances de ser eleito em 2024. Seria o chamado “tiro no pé”, porque não existe a chamada ocupação de espaço político. “Com um olho no gato e outro no peixe”, o médico Manoel Veloso (PDT) já começou a “se mexer” na tentativa de montar um grupo com chances de derrotar o candidato representante do grupo do gestor de Marabá, caso ele próprio não seja o “ungido”.

A advogada e ex-vereadora Irismar Melo (PP) concorreu as eleições para prefeita de Marabá, em 2020, e ficou na 4ª colocação com 6.806 votos (5,24%). No dia 2 de outubro de 2022, Irismar foi candidata a deputada federal e alcançou 3.560 votos (2,67%), em Marabá, em uma votação que o eleitor da cidade destinou cerca de 70% dos votos para candidatos “paraquedistas”. O eleitor, sabe se lá o motivo, “limou” os candidatos locais a deputado federal. A advogada é um nome certo na disputa pela cadeira de prefeito de Marabá, em 2024, “de olho” no eleitorado feminino e na divulgação de novas propostas de governança.

Já pessoas ligadas ao atual vereador, Márcio do São Félix (PSDB), ex-candidato a deputado federal que não foi eleito, porém abocanhou 13. 878 votos, afirmam que o político será candidato a prefeito de Marabá nas eleições de 2024. O deputado “Chamonzinho” (MDB) foi o candidato a deputado estadual mais votado no Pará com 109.287 votos, mas só alcançou 20.398 votos em Marabá. O estafe do emedebista afirma que dificilmente o atual deputado será candidato a prefeito nas próximas eleições.

No início da campanha de 2022, circularam alguns comentários sobre o apoio da família Chamon à candidatura do vereador Pedro Corrêa, o “Pedrinho”, em 2024, em troca do apoio recebido do Presidente da Câmara Municipal (CMM) na eleição de “Chamonzinho” no dia 2 de outubro de 2022. Já os deputados eleitos Dirceu Ten Caten (PT), com 8.719 votos; Delegado Toni Cunha (PSC), com 9.157 votos; Aveilton Sousa (PL), com 3.024 votos, e o suplente Fernando Henrique (PSC), com 14.502 votos ainda não se manifestaram a respeito da sucessão de Tião Miranda.

Os ex-prefeitos João Salame (PSB) com 2.962 votos em Marabá e Maurino Magalhães (PL) estão sem mandato e dificilmente irão concorrer ao cargo de novo. Por sua vez, o vereador Ilker Moraes (Podemos) com 6. 227 votos, na cidade, e o ex-Ministro da Integração Nacional, Pádua Andrade (MDB), muito conhecido na Região do Carajás, poderão fazer parte de uma chapa, visando ao cargo de prefeito de Marabá.

Amigos da ex-deputada e atual vereadora, Elza Miranda (PTB), dizem que ela poderá figurar, nos próximos meses, como postulante ao cargo, todavia a parlamentar ainda não se pronunciou se estaria à disposição do eleitor. Fato é que os nomes “estão na mesa” e caberá ao eleitor escolher quem vai governar Marabá depois da era Tião Miranda que não deverá mais se candidatar ao cargo.

Parafraseando o ditado popular, “neste mato tem coelho”, pois ficará bastante difícil para um empresário; pecuarista; padre; professor; pastor, entre outros perfis políticos, com chances reais de ser eleito em 2024, “sair do nada” para se tornar prefeito de Marabá. Tião Miranda confidenciou ao Portal Debate, dias atrás, que já está na reta final de sua contribuição para o desenvolvimento de sua cidade natal e que caberá ao povo a escolha de seu sucessor em Marabá. (Portal Debate)

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