Marabá: Lutadores mirins de Jiu-Jitsu participam de competição sul-americana no Rio de Janeiro

Equipe é coordenada pelo treinador Reginaldo Coelho. Ao todo, 8 atletas participam do campeonato.
Crédito: PMM/Ascom

MARABÁ (PA) – Nesta sexta-feira (19), um grupo de 8 atletas desembarcou no Rio de Janeiro para competir pelo campeonato sul-americano de Jiu-Jitsu da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF), na categoria infantil. Os atletas têm entre 10 e 14 anos e treinam pela equipe Avante Jiu-Jitsu de Marabá, no sudeste do Pará.

O treinador Reginaldo Coelho conta que há uma semana, esses mesmos atletas participaram do campeonato paraense de Jiu-Jitsu, em Belém, de onde trouxeram medalhas. A competição contou com mais de 2.300 atletas em diferentes modalidades e muitos deles são líderes do ranking paraense.

“Esse ano ainda iremos disputar o Mundial que acontecerá em Fortaleza em setembro”, conta. O mestre destaca os inúmeros benefícios da prática da modalidade para as crianças. “Organização, disciplina, respeito, trabalho em equipe, condicionamento físico, capacidade de se defender. Sempre destacamos que o jiu-jitsu é uma luta e não uma briga. Um esporte para ser praticado de maneira saudável que também pode servir para proteger”, destaca.

Um dos exemplos é o aluno Manoel Ricardo, 11 anos, diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ele já foi campeão de etapas do Campeonato Mundial e encontra no esporte um dos apoios para o seu dia a dia. “O Jiu-Jitsu é meu estilo de vida. Pretendo fazer a vida toda e conseguir todas as faixas”, diz o garoto.

Sua mãe, Aline Bernardo, dá detalhes da evolução do garoto com a prática do esporte, que já dura 7 anos. “Notamos quando era mais novo que ele era diferente. Encontramos no jiu-jitsu algo que o deixa calmo. Ele também tem hiper foco e logo vimos que ele começou a se destacar”, relata.

Aline explicou que durante a pandemia, com a paralisação do esporte, a ansiedade e outros sintomas tomaram conta do garoto. “Tínhamos que medicar para ele manter o controle emocional. Agora com a equipe do Jiu-jitsu a melhora é relevante. Deixamos até viajar só com o treinador e a equipe, tranquilo. Diria que 50% da melhora e do tratamento dele é a prática do esporte”, comenta.

Na parte masculina, completam o time: Arthur Decker e Lorenzo Milesi, ambos de 10 anos. “Estou com muita expectativa para a competição. É muito legal poder praticar o esporte, viajar, fazer amizades”, comenta Lorenzo. “Vou tentar dar o meu melhor no sul-americano. Pretendo praticar o esporte a vida toda e superar meu treinador”, enfatiza Arthur.

Meninas no esporte – Crédito: Reprodução

Mulheres no tatame

Para quem acha que o esporte é só para meninos, saibam que a equipe feminina que irá representar Marabá é ainda maior. Eliana, 14 anos, também já conta com muitas medalhas no currículo e faz coro ao pensamento da amiga. “É uma forma de ajudar a gente a ter uma vida mais leve, se defender e viver diferentes experiências”, acrescenta a menina.

A mais nova das representantes femininas, Maria Fernanda, 10 anos, também estará na disputa do Mundial em Fortaleza. “Sei que será tudo muito difícil, mas vou dar o meu melhor”, conclui. (Divulgação – PMM/Ascom)

Treinador Reginaldo Coelho – Crédito: Reprodução

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