A Redação do Portal Debate Carajás esteve na 4ª Unidade Regional de Ensino (4ª Ure), em Marabá, no sudeste do Pará, em busca de informações a respeito da reforma e ampliação da Escola Estadual de Ensino Integral Plínio Pinheiro, uma das mais antigas de Marabá, prometida pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), desde o ano de 2017, mas as notícias não foram muito animadoras para a comunidade escolar.
Depois de consultar uma planilha onde consta a relação das escolas em obras, o diretor da 4ª Ure, Prof. Cristiano Lopes, argumentou que devido a crise financeira causada pela Covid-19, a Escola Plínio Pinheiro não consta na relação de prédios em processo de licitação. “Apenas a Escola Gaspar Viana terá as obras iniciadas nos próximos meses em Marabá”, relatou Cristiano.
Sala de aula no ‘meio da rua‘
O telhado do prédio onde ficavam a biblioteca, centro de informática e laboratório multidisciplinar começou a cair ainda no inverno de 2017. Em 2018, parte do prédio administrativo veio abaixo, mas foi recuperado por servidores, alunos e familiares. Em junho de 2019, professores e alunos realizaram a pintura interna das salas de aula, porém, no dia 24/4/2020, o restante do telhado veio abaixo.
Durante uma reunião realizada, no dia 17/3/2020, ficou decidido que se a Seduc não resolver o problema da reforma da escola, professores irão ministrar aula no ‘meio da rua’. “Já escolhemos até o local, onde o trânsito será interrompido para montagem da sala. Utilizaremos o largo da Rua Antônio Maia com a Travessa Santa Teresinha”, afirmaram os mestres. “Estamos apenas aguardando o retorno das atividades escolares para realizar o protesto”, afirmou o Prof. Evandro.
O estranho é que o governador Helder Barbalho possui conhecimento dos problemas da Escola Plínio Pinheiro desde antes do processo eleitoral em 2018. Durante a campanha, o atual governador colocou a reforma de escola como prioridade de seu governo, mas, próximo ao final do 2º ano de gestão, percebe-se que foram apenas falácias, pelo menos em Marabá.
Pedro Souza