Mandantes da chacina de Unaí, em Minas Gerais, têm prisão decretada pela Justiça

15 anos depois da chacina de Unaí, ocorrida em 2004, três acusados tiveram a prisão decretada. A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou nessa terça-feira (30) os recursos de Norberto Mânica, que confessou ser mandante do crime, e dos empresários Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro, apontados como intermediários. O caso se refere ao assassinato de fiscais que investigavam denúncias de trabalho escravo na região.

O Tribunal, no entanto, rejeitou recurso do Ministério Público (MP) contra a redução das penas dos três acusados, declarada em outubro do ano passado. A sentença de Norberto caiu de 100 para 65 anos de prisão, e as de Hugo e José Alberto foram reduzidas para 58 e 31 anos, respectivamente. Os três respondiam ao processo em liberdade.

O crime aconteceu em janeiro de 2004 em Unaí, a 160km de Brasília. Três auditores-fiscais do Ministério do Trabalho — Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves — foram assassinados em uma emboscada, em consequência da qual morreu também o motorista Aílton Pereira de Oliveira.

No mesmo julgamento que reduziu as penas, o TRF1 anulou a condenação do ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, irmão de Norberto, por “fragilidade nas provas”. Ele era acusado de ser um dos mandantes. O MP recorreu contra a sentença e o caso aguarda decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).  Antério Mânica poderá ser submetido a novo júri popular.

Os executores do crime foram condenados em 2013 e estão presos: Rogério Alan Rocha Rios, condenado a  94 anos de prisão, Erinaldo de Vasconcelos Silva, a 76, e William Gomes de Miranda, a 56.

Correio Braziliense

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