Mais de 30% de aumento nas parcelas e fezes na água atormentam moradores de residencial em Marabá

Crédito: Reprodução

Moradores estão “comendo o pão que o diabo amassou” no Residencial Cidade Jardim, em Marabá, sudeste do Pará, após receberem o boleto com mais de 30% de aumento, referente a pagamento de parcelas da compra de terrenos. Segundo o proprietário de um lote, a parcela saltou de R$ 664,04, em dezembro, para R$ 883,93, em janeiro de 2021. “A gente não tem para quem reclamar. Tudo sobre o loteamento é gerenciado em Belém”, acrescentou outro morador do Cidade Jardim.

Nas últimas semanas, o Portal Debate Carajás vem recebendo uma ‘enxurrada’ de denúncias, relatando a constante falta de água nas torneiras. Vídeos circularam nas redes sociais, mostrando as torneiras sem o líquido precioso, justamente no dia 31/12/2020, causando revolta e indignação entre os moradores na véspera de Ano Novo .

Para agravar a situação, no mês de outubro de 2020, o Departamento de Vigilância Sanitária de Marabá (Divisa) analisou uma amostra da água consumida pelos moradores e expediu um laudo técnico com a menção “insatisfatória”, indicando que a água apresentava um alto teor de turbidez e coliformes fecais, ou seja, as pessoas estavam consumindo fezes humanas através da água.

Crédito: Comissão de Moradores

De acordo com o denunciante, os boletos com mais de 30% de aumento serão cobrado em todos os meses de 2021. “Nada aumentou mais de 30%. Ninguém aguenta pagar um valor absurdo desse”, protesta. Os moradores denunciaram que a empresa Buriti Empreendimentos tentou, em 2020, passar o serviço de abastecimento de água para a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), mas a proposta não foi aceita pela autarquia devido a erros na rede de água e esgoto.

Na internet, a Buriti Empreendimentos anuncia que funciona em um imóvel localizado na Folha 32, Quadra 9, Lote 2, bairro Nova, Marabá, mas o escritório da empresa é encontrado, segundo os moradores, no próprio Residencial Cidade Jardim, às margens da BR-230, em Marabá. Uma rápida consulta no Google mostra que a empresa responde a vários processos na Justiça, em cidades como Araguaína, Marabá e Xinguara, no estado Tocantins e Pará, pelos mesmos problemas denunciados em Marabá.

A funcionária representante da Buriti Empreendimentos foi notificada sobre as denúncias no dia 4/1/2021, pediu um prazo para dá uma resposta, porém nunca mais entrou em contato com o Debate Carajás. Um grupo de moradores está se organizando para ajuizar mais uma ação contra a empresa na Justiça de Marabá. A máxima popular, “venderam gato por lebre”, valeu para os moradores do Residencial Cidade Jardim.

Boleto saltou de R$ 664,04 para R$ 883,93.

Fonte: Humberto Viana Alicante

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